Favela Brass: Educação musical periférica

Ao chegar ao Rio, em 2008, o músico britânico Tom Ashe percebeu que uma parcela da população não tocava alguns instrumentos musicais. Foi a partir dessa percepção que Tom criou a Favela Brass, associação de educação musical para jovens nas favelas e escolas públicas cariocas, com foco na música popular brasileira e no jazz.

O projeto surgiu no ano de 2014, na comunidade Pereira da Silva, em Laranjeiras, com seis alunos que aprenderam a tocar instrumentos de sopro e de percussão. A Favela Brass conta com vários músicos internacionais voluntários e doações de instrumentos de países como Espanha, França, Itália, Estados Unidos, Canadá, Argentina e Inglaterra.

Em 2019, a iniciativa entrou numa fase de expansão com projetos de aulas de música em quatro escolas públicas. No decorrer de oito anos, a Favela Brass atendeu mais de 200 crianças e adolescentes. Os alunos começam o curso numa iniciação musical, aprendendo flauta doce e percussão. A partir do desempenho e das aspirações de cada aprendiz musical, é iniciada uma nova fase de aprendizado em instrumentos específicos, como trombone, saxofone e percussão. Por fim, eles entram para a banda e começam a fazer apresentações.

"Uma coisa fundamental do nosso projeto é não ter duração de apenas seis meses a um ano. Levantar a esperança para depois tirar. A ideia é que os alunos fiquem o tempo suficiente para chegar na excelência dos instrumentos. Agora já temos ex-alunos que estão dando aula", explica. Conheça o Favela Brass no site favelabrass.org.