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Skate feminino no Faixa Preta Festival

Coletivo de skate feminino é formado em sua maioria por mulheres pretas, mães, trans, lésbicas e periféricas

Britney’s Crew
Britney’s Crew -

A cultura e a coletividade das periferias estiveram mais uma vez presentes na Praça da Apoteose e, desta vez, não foi pelo samba. Uma das principais atrações do Faixa Preta Festival, que aconteceu ontem, foram as meninas do Britney's Crew, um coletivo de skate feminino formado em sua maioria por mulheres pretas, mães, trans, lésbicas e periféricas.

O movimento, que vem agregando conexões pelo Brasil afora, reuniu mais de 20 skatistas para a batalha no "Mona Ramp" com distribuição de prêmios em dinheiro para as primeiras três categorias vencedoras.

Apoiado e patrocinado pela Secretaria Especial da Juventude Carioca, o evento foi uma celebração à estética da cultura periférica, muito marginalizada, buscando dar visibilidade aos artistas e criadores de conteúdo oriundos das favelas, fortalecendo ramos como música, esporte e a arte.

Milhares de pessoas puderam conferir as apresentações de artistas como Djonga, Poze do Rodo, Black Alien, BK', Major RD, Tasha & Tracie, TZ da Coronel, Ebony, Hyperanhas, FP do Trem Bala, Tamy, DreeBeatmaker part. Necão, Jotta, Lucas Dow e GDois, Britney's Crew, Yasmim Turbininha, Afrolai, Bruno X, WLDZ, Mestre LP, Ritmo de Favela, Kmina, Dom Negrone, Aira O Crespo, Edu Ribeiro, Calvet, Allencar, Vitor André e A Quadrilha.

A diretora executiva do coletivo, Thayná Gonçalves, de 26 anos, conta como o grupo se articulou com o evento. "Foi a convite do Junião, idealizador do festival, que surgiu a ideia de ter esporte no evento, logo, ele pensou no coletivo e me perguntou o que eu achava de estarmos juntos e à frente de uma ação jamais vista dentro de um evento grande. Um campeonato de skate voltado para mulheres e pessoas LGBTQIAP . É claro que topamos entrar em mais essa", explicou Thayná Gonçalves, moradora de Padre Miguel e skatista há 14 anos.

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