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Rango de classe e a ficção sobre a realidade

Coletivo é formado por seis pessoas, todas periféricas, autônomas, pretas e indígenas

O trabalho é feito pelo coletivo Rango de Classe que estreia a série intitulada
O trabalho é feito pelo coletivo Rango de Classe que estreia a série intitulada "Fome Fala" em formato de Podcast com referência em Racionais Mc’s -
A fome documentada sob múltiplas perspectivas. Isto é o trabalho feito pelo coletivo Rango de Classe que estreia a série intitulada “Fome Fala” em formato de áudio (Podcast) com referência em Racionais Mc’s. O grupo é formado por seis pessoas, todas periféricas, autônomas, pretas e indígenas, cujo objetivo é fomentar a autonomia individual e coletiva através da arte audiovisual, além de promover o aprendizado de quem escuta e de quem faz o conteúdo e, mais que isso, trocar informações de quebrada pra quebrada. Sim, todos os integrantes são paulistanos. A produção está disponível no Youtube e no Spotify.
Como todos nós temos fome de alguma coisa, a série faz com que os personagens se relacionem entre o mundo real e o imaginário a partir de seus estômagos. O aparelho digestivo, então, passa a funcionar como um portal no momento em que vão dormir. E assim, numa quebrada fictícia povoada por deuses, onde dois parças, separados pela vida, buscam uma forma não convencional de voltarem a se encontrar.
Nayê Ribeiro, comunicador e membro do coletivo manda o papo:
"Mano Brown diz uma coisa que eu repito sempre: cada favelado é um universo em crise. E em nossos universos, a fome fala. Como seres humanos que pensam, sentem, andam, têm suas necessidades físicas e espirituais e muitas outras coisas, a fome que nos bate não precisa ser literal. Podemos sentir fome de um bom rango, mas também de afeto, de presença, de liberdade”, diz.
 

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