Nasceu Maria!
Nobreza em sua tribo africana
Tão livre quanto os ventos da savana
E a Lua cheia pra testemunhar
Que a dor, corta o mar
Chora Maria!
Que água do oceano sabe o gosto
Dá lágrima que escorre em seu rosto
E os santos que aportam no cais da Bahia
Protegem quem já foi mercadoria
Leiloeiro canta o lote
N'outro canto o chicote
Segue a via da bravura
É Maria da Negrura
Ergueu quilombo
Deu um tombo no aparato
Desses capitães do mato
Clamando libertação
Já foi vidraça, fez da
Luta uma couraça
E hoje o negro sem mordaça
Vem expor sua gratidão
Lumia o cruzeiro das almas
Que é linha de força maior
A gira já vai começar!
Hoje a Rocinha é Magé no catimbó
Risca a pemba no terreiro, pede a Bênção a minha vó
Maria Conga é que vence demanda!
Maria Conga é que vence demanda!
Saravá vó benzedeira
Preta Velha de Aruanda