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Apresentadores de podcast fazem comentários transfóbicos sobre Linn da Quebrada

Produzido pelos Estúdios Flow, podcast 'Tarja Preta FM' foi criticado por internautas por conta das falas preconceituosas

Lucas errou o pronome de Linn durante a festa
Lucas errou o pronome de Linn durante a festa -
Rio - Cantora, atriz e participante do "Big Brother Brasil 22", Linn da Quebrada foi vítima de transfobia mais uma vez. Nesta quinta-feira, os apresentadores do podcast "Tarja Preta FM" Arthur Petry, Bianca, Kaio D'Elaqua e Robert Kifer debocharam da identidade de gênero da artista. Após o trecho do episódio receber críticas de internautas, o episódio foi retirado das páginas oficiais do podcast, que é produzido pelos Estúdios Flow.
No momento da conversa, os apresentadores criticaram Linna se sentir ofendida quando colegas de confinamento erram o pronome. "Eu acho que tem que parar de chamar travesti de ela. Começa a chamar de 'troço' que aí ninguém vai reclamar. Se alguém me chamasse de ele, eu só iria falar assim: Não, eu não sou ele", afirmou Bianca, que continuou: "Não, mas o 'troço' fica bravo gente".

Outro apresentador concordou com a colega e debochou de Linna. "Daí eles me dizem: ‘Ai, você como homem hétero, branco e cis me ofende’. Me poupe, vai tomar no teu c*", acrescentou.

Em seguida, as tatuagens da rapper foram motivo de piada pelo grupo. "E aquele 'troço lá' ainda tem ‘ela’ tatuado na cara. Acho que deveria ser ainda mais centralizado no rosto porque mesmo assim alguém ainda errou”, disse um dos apresentadores.

Nas redes sociais, internautas criticaram as falas transfóbicas dos apresentadores do podcast, que desativou a conta no Instagram. "As pessoas tem todo direito de gostar ou não gostar do jogo da Linn da Quebrada no BBB, isso é parte do programa. O que ninguém tem o direito é de atacar ela da forma como os integrantes do Tarja Preta FM fizeram. Isso é transfobia e transfobia é crime e ponto final.", pontuou um internauta.
No Twitter, as administradoras da conta de Linn da Quebrada abriram um espaço para que os seguidores possam enviar comentários transfóbicos sobre a artista. Autores das falas preconceituosas serão processados pela equipe judicial da cantora. 
Desde 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) criminalizou a homofobia e a transfobia no Brasil. A partir desta mudança na lei, praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito por conta da orientação sexual ou da identidade de gênero passa a ser crime com pena de um a três anos, além de multa.
Dentro da casa
Na casa mais vigiada do Brasil, Linna já precisou corrigir alguns brothers, como Eslovênia e Lucas, sobre o pronome com o qual ela se identifica. Na madrugada desta quinta-feira, o estudante de medicina se referiu à ela no pronome masculino. Durante o dia, ele foi até a artista para se desculpar pelo equívoco.
"Queria dizer que eu não queria pesar na sua mesmo", disse Linn. "Desculpa mesmo", respondeu o brother. "Já foi, está desculpado", frisou a cantora. Em seguida, Lucas disse que sua intenção não era magoar a sister. "Se eu vim aqui pra magoar alguém, eu prefiro sair. Vou embora", ressaltou. Linn, então, ponderou: "Eu sei que não foi por isso...Tinha muita coisa na minha cabeça". "Tenho um carinho muito grande por você. Dá vontade de ficar excluído o dia todo. Com medo...", afirmou o brother. Linn deixou claro que já está tudo resolvido.