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'Minhas relações são baseadas na honestidade', afirma Amanda Mirásci, de 'Cara e Coragem'

Atriz adianta o fim de sua personagem e conta que já viveu relacionamentos tóxicos; confira

Amanda Mirásci é um dos destaques de 'Cara e Coragem'
Amanda Mirásci é um dos destaques de 'Cara e Coragem' -
Amanda Mirásci está brilhando como a divertida Cleide, em "Cara e Coragem", da TV Globo. Com 25 anos de carreira e 39 de idade, a atriz celebra o retorno às novelas após cinco anos e o bom momento profissional. Em entrevista ao Meia Hora, a artista adianta o final de sua personagem no folhetim de Claudia Souto, fala sobre sua loja no Mercadão de Madureira, na Zona Norte do Rio, o carinho do público nas ruas e revela que já viveu relacionamentos tóxicos. Confira! 
- Amanda, como será o fim de Cleide em 'Cara e Coragem'. Dá spoiler?
Não sei o que eu posso falar (risos). Mas a Cleide, para a nossa alegria, terá um final feliz. Ela vai encontrar um novo amor, inclusive.
- Você tem algo em comum com a personagem, Amanda?
Tenho muita coisa de Cleide, ela me possibilitou me reencontrar. A Cleide é leve, divertida. Essa leveza da personagem eu, como Amanda, busco muito. E também tem toda essa coisa estética dela. Ela é extravagante, colorida. Meu armário agora, por exemplo, tem muita cor.
- Você aprendeu algo com a Cleide? A Cleide aprendeu algo com a Amanda?
A Cleide segue me ensinando. Além de levar a vida com leveza, ela também me mostra a questão do cuidado com as relações. Cleide e Amanda se retroalimentam. A Amanda levou para a Cleide uma certa maneira de lidar com os homens, não que a Cleide seja inocente, pelo contrário. Mas é ter mais atenção com o comportamento do outro, a forma de ser tratada.
- Cleide passou poucas e boas com o Armandinho (Rodrigo Fagundes). Você também já teve relacionamentos complicados?
Olha, já passei por muita coisa nessa vida. Nós, mulheres, estamos num momento de tomada de conhecimento, de saber sobre nossa estrutura social, que foi construída num modelo que não é a gente. Esse modelo inclui ser traída, enganada. Já passei por isso. Eu sofri, claro, mas encarei de frente e me fortaleci. Hoje minhas relações são baseadas na honestidade. Honestidade com o outro e, principalmente, com a gente. E a honestidade é importante em todos os tipos de relações: amorosas, de amizade, profissionais. 
- Os modelos de relacionamento mudaram. Hoje, por exemplo, muita gente mantém uma relação aberta, considerando esse princípio da honestidade também. Você se relacionaria dessa maneira?
Eu nunca vivi um relacionamento aberto. Mas acredito que os relacionamentos são únicos, os acordos são múltiplos, infinitos. O casal pode decidir o que funciona melhor. O que posso te dizer é que a enganação e a mentira me afetaram muito mais que a traição em si. Então, acho que eu estaria preparada para viver uma relação aberta, sim. É aquilo: 'o combinado não sai caro'. 

- "Lei do Amor" ( 2017), da TV Globo, foi sua primeira e última novela. Como foi retornar a esse formato depois de cinco anos?
É uma delícia voltar a fazer novela. Fui feliz em 'Cara e Coragem' como fui em pouquíssimas vezes na minha trajetória profissional. A novela é muito abençoada, iluminada. Esse é um dos grandes méritos deste trabalho. Tem atores incríveis, tem uma equipe que faz o trabalho acontecer, não tem nenhuma picuinha. Pude contracenar com ídolos. A novela está terminando, mas deixa um gostinho de quero mais.
- Cleide tem um lado bem fofoqueira. Você também curte uma fofoca?
Vou defender a Cleide, ela é dona da cantina, coitada. Ela escuta muita coisa sem querer (risos). Não é que eu não goste de fofoca, mas uma ou outra acontece da gente fazer e saber. Não adianta. Agora, não gosto da fofoca que coloca a gente em um lugar de julgamento. Só aquela bem levinha pra descontrair e deixar a gente informada.
- Além de fofoqueirinha, Cleide é conselheira. Ela, por exemplo, alerta as meninas da companhia de dança vertical sobre relações abusivas. Você já viveu um relacionamento desse tipo e alguém te alertou ou vice-versa?
Sim, as duas coisas já aconteceram. Já aconselhei muito amigas sobre esse tipo de situação e fui aconselhada também. Quando a gente está em um relacionamento abusivo, é difícil enxergar. A gente fica vivendo em um outro mundo, por isso é importante o alerta.

- Já tem planos para o fim da novela? Você adora viajar, já tem alguma marcada?
Eu amo viajar, já viajei pra vários lugares. Mas, neste momento, só quero trabalhar. "Cara e Coragem" me deu um gás grande de estar em cena. Eu tenho uma produtora, sou idealizadora dos meus projetos e estou com força total para eles. Tenho um projeto de teatro para desmistificar a figura da bruxa, pretendo estrear ele no primeiro semestre do ano que vem. Também fiz alguns testes para outros trabalhos audiovisuais.
- Você tem uma loja no Mercadão de Madureira?
Tenho, essa loja é minha e da minha irmã hoje. É uma papelaria, que existe a mais de 20 anos, era do meu pai. Como eu tenho outras demandas de trabalho, minha irmã que fica a frente da loja, porque o comércio necessita de atenção, de alguém que esteja sempre ali tomando conta.
- E você gosta de circular no Mercadão?
Eu amo. Tem de tudo lá, né? Ervas, pedras, maquiagens... (risos).
- A novela traz uma grande visibilidade para o ator. É diferente agora andar nas ruas, as pessoas te param muito?
É, realmente tem isso. Mas é tão respeitosa essa aproximação das pessoas. Elas chegam até mim falando sobre a novela, dando conselhos para a personagem, querem bater papo mesmo. Muitas nem pedem foto, autógrafo... O carinho que a gente recebe é gratificante demais.
Amanda Mirásci é um dos destaques de 'Cara e Coragem' Priscila Nicheli / Divulgação
Amanda Mirásci interpreta Cleide em 'Cara e Coragem' Estevam Avellar / TV Globo
Amanda Mirásci é um dos destaques de 'Cara e Coragem' Priscila Nicheli / Divulgação
Amanda Mirásci é um dos destaques de 'Cara e Coragem' Priscila Nicheli / Divulgação
Amanda Mirásci é um dos destaques de 'Cara e Coragem' Priscila Nicheli / Divulgação