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Lary revela suas muitas cores em 'Só o que eu tô a fim'

Nascida em Niterói, cantora de 28 anos lança seu primeiro álbum de estúdio e reafirma seu lugar na música pop brasileira

Cantora Lary lança seu primeiro álbum de estúdio, 'Só o que eu tô a fim'
Cantora Lary lança seu primeiro álbum de estúdio, 'Só o que eu tô a fim' -

A cantora Lary lança seu primeiro álbum de estúdio, intitulado "Só o que eu tô a fim", hoje. Variando entre estilos como pop, R&B e rap, o disco chegou às plataformas digitais revelando diversas facetas da artista, como ela mesma descreve. Aos 28 anos, a niteroiense se estabelece como promessa da música pop brasileira ao aliar seu talento para a composição das dez faixas autorais com a colaboração de grandes artistas como Gabriel, o Pensador, Clau, Lourena, Chris MC e LK.

Como foi produzir o álbum na quarentena e como a quarentena influenciou no seu trabalho?

Foi um período complicado para todo mundo, mas foi um período onde a composição virou minha válvula de escape. É então foi quando eu mais fiz música eu escrevi muito foi realmente minha fuga. Acabou que eu formei um repertório imenso e foi quando eu comecei a pensar em, de fato, produzir o meu primeiro álbum.

O que os fãs podem esperar do álbum?

Tanto fãs quanto alguém que vai passar a me conhecer podem esperar várias facetas minhas ali no álbum. Eu falo sobre empoderamento, sobre a liberdade da mulher, sobre vulnerabilidades... [E também] diversão, coisas leves, estilo de vida. Eu falo sobre Itacoatiara, que é o meu lugar favorito... Então, meu repertório é falar sobre vários assuntos que fazem parte de mim como artista.

'Só o que eu tô a fim' é uma faixa que traz uma mensagem de fazer só aquilo que nos faz bem. Como é transmitir essa mensagem, de uma mulher para outras que às vezes se anulam para agradar família, namorado (a) e amigos?

É uma música que fala sobre a gente parar de viver com base nas expectativas alheias, porque, muitas das vezes, a gente se pega se desagradando para agradar o outro. Isso não é só em relacionamentos afetivos mas também na família... Quantas vezes a gente vê a pessoa seguindo uma carreira porque os pais querem? Ou, então, não podendo estar em um relacionamento porque a família não quer? Eu acho que é muito importante é eu como artista trazer essa mensagem até porque eu já passei muitas vezes por essa situação.

Você escreveu 'Nostalgia' se baseando em uma história que você não viveu. Na hora de gravar, como foi a experiência de cantar essa letra e como você fez para colocar suas próprias emoções na interpretação da faixa?

Tem muitas músicas que eu escrevo que eu não, necessariamente, vivi a história. Mas eu acho que, quando a gente está escrevendo, a gente se coloca ali dentro e acaba criando uma realidade para viver aquilo. Eu fiz [Nostalgia] para alguém que estava em um relacionamento e a outra pessoa morreu. Só que, se você prestar atenção na letra, ela cabe para relacionamentos que acabaram e deixaram saudade de uma forma geral, sabe? Ela cabe para várias para várias situações e eu que eu já vivi. Acaba que eu já vivi um pouco dessa música também, então, ela me emociona de verdade.

Em 'Slow' [single principal do álbum], você teve inspirações como Destiny's Childs e Negra Li. Que outros artistas te inspiram na composição dos seus trabalhos?

'Slow' é uma música que, ao mesmo tempo em que ela é muito 'pra cima', ela é sensual, empoderada, e eu gosto de explorar isso no meu trabalho. Uma artista que eu me inspiro muito na hora de compor é a Beyoncé porque eu acho que ela sabe trabalhar a sensualidade dela de uma forma incrível, assim como o empoderamento. Aqui no Brasil, uma artista que eu vejo fazendo isso é a IZA, eu acho que ela é incrível e admiro muito o trabalho dela.

E como é ter a colaboração de artistas como Gabriel, O Pensador e Clau no seu primeiro álbum?

É muito gratificante ter participações tão legais, tão significativas no meu álbum. A Clau é uma grande artista da cena atual do pop e do R&B. O Gabriel é um cara que representa muito rap nacional, assim como o Chris MC, a Lourena e o LK. Todas as participaçoes são muito especiais para mim e ver que esses artistas tão incríveis acreditam no meu sonho e estão chegando junto comigo é muito gratificante. Estou muito feliz e realizada.

Desde o início da sua carreira, você se mostrou uma artista bastante versátil, passando por diversos gêneros musicais. Existe algum que você ainda não teve oportunidade de explorar mas tem vontade?

Eu comecei a cantar no karaokê com a minha mãe, então, eu era pequenininha e reproduzia o que ela cantava. A gente ia para barzinho que tinha karaokê e eu cantava Marisa Monte, Elis Regina... As pessoas nem esperavam, achavam que ia cantar Xuxa mas eu cantava Djavan (risos). Então, eu sempre tive uma ligação com a MPB [Música Popular Brasileira] e acho que ainda vou fazer algum projeto nesse estilo mais orgânico, com instrumentos diferentes.

*Estagiário sob a supervisão da jornalista Nathalia Duarte

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