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Tarcísio Meira manda papo reto: ‘Não existe beijo técnico’

Ator comemora 60 anos de carreira

Tarcisio Meira Tarcísio Meira
Tarcisio Meira Tarcísio Meira -
Na última terça-feira (05), Tarcísio Meira foi o convidado especial do programa ‘Conversa com Bial’. Com 84 anos de vida e 60 de carreira, o ator falou sobre sua carreira, sua vida e da esposa, a atriz Glória Menezes.
“Sinceramente, nunca me achei bonito, mas achei que tinha ângulos que tudo bem, mas vi um pedaço de uma novela chamada 'Espelho Mágico', meu filho me passou. Puxa, eu era um homem bonito! E comecei a compreender uma série de coisas, como por exemplo, os homens não gostavam de mim. Não gostavam, tudo bem. De uma maneira ou de outra eu sobrevivi”, disse o ator.

Sua opinião sobre sua beleza mudou depois que conheceu o galã internacional Alain Delon.
“Ele fez o possível para ser simpático, de se enturmar porque era o homem mais bonito do mundo, mas eu não gostei. E aí eu entendi. O homem bonito não agrada aos homens por alguma razão. É uma coisa antiga de concorrência, representa algum perigo”, disse ele rindo.

‘Tarcisão’ também contou como conheceu sua esposa, a atriz Glória Menezes durante um ensaio teatral.
“Estávamos ensaiando quando a Glória subiu ao palco e eu fiquei olhando, gostei e falei: ‘Tem caldo’. Ela foi, atravessou o palco e subiu pela plateia onde estavam reunidos os diretores da companhia", explicou o ator.

Sobre o primeiro beijo entre eles, o ator lembrou que foi durante uma peça onde ele tinha que beijá-la e depois matá-la, ainda na época do teleteatro.
“Foi no fim de uma peça. Eu beijava e a matava. Ali enforcando e beijando. Ao vivo. (...) Depois desse beijo comecei a sentir que ela estava escorregando e tinha escadaria embaixo de nós e a gente no ar, entrando os letreiros, eu estava ali, não estava aguentando, e fui ali e me ajoelhei aos pés da Glória. Foi minha salvação”, contou ele aos risos.

Tarcísio também não deixou de falar do seu começo na emissora Global. Contou que nos anos 60, logo após fazer sucesso em sete novelas na extinta TV Excelsior. Ele disse que foi à convite de Boni, que era o diretor da emissora na época.
“Ele me chamou e eu fui até ganhando menos do que eu ganhava. Dinheiro nunca foi a coisa mais importante, mas eu acreditei no projeto, nas ideias, na juventude, na força, nas novidades e logo nos demos bem”, relatou o galã.

Para o ator, a maior preocupação de agrado foi com o público. Para ele, dinheiro não é o real propósito. "Nem sempre eu agradei as pessoas. Os colegas, os críticos, mas o público eu procurava agradar”, explicou.

Questionado sobre o tema mais polêmico da dramaturgia, ele respondeu, sem pestanejar curto e direto: ‘não existe essa coisa de beijo técnico’. “Não tem isso não. Beijo é beijo, não tem como ser técnico. É beijo!”, afirmou o artista.

O ator continua na ativa e está em cartaz com a peça ‘O Camareiro’, em São Paulo, até o dia 15 de dezembro. "A peça se passa em uma coxia de teatro. É profundamente humana e é uma comédia, uma comédia dramática”, finalizou Tarcísio.