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Apresentador negro de ‘Queer Eye’ pede aos gays brancos para denunciarem o racismo

Karamo disse que na comunidade LGBTQ+ os gays brancos não se dão conta do tamanho do privilégio que eles têm

Bandeira Gay
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O psicoterapeuta e apresentador Karamo Brown, que faz sucesso na série da Netflix ‘Queer Eye’, fala sobre o racismo existente na comunidade LGBTQ+ e pede aos gays brancos que denunciem.
Segundo o especialista em cultura do reality de sucesso da Netflix, o racismo dentro da comunidade gay é grande e precisa ser combatido de dentro para fora.

“Há muito racismo na comunidade LGBT +”, disse Karamo.
“As coisas que vi lá fora (na sociedade) só vi perpetuadas na comunidade LGBT. Sim, você pode ter tido uma luta porque é gay, mas ainda existe privilégio branco”, acrescentou.

O apresentador criticou os gays brancos que fizeram campanha para que o aplicativo de relacionamento gay ‘Grindr’ mantivesse ativo o filtro de raça.
Ele relembrou das reclamações que eles fizeram nas redes sociais criticando o aplicativo por ter desativado o filtro de etnia.
Para Karamo, essa classificação dentro do ‘Grindr’ era um exemplo do racismo tóxico que existem entre as pessoas LGBTQ+ brancas.

“Homens gays brancos ficaram tipo: ‘isso está errado, eu deveria ter o direito de não querer ver negros ou asiáticos no aplicativo’. Se você inerentemente não entende por que isso está errado, como pessoa gay, você precisa se controlar”, explicou.

Karamo também lembrou do significado do Mês do Orgulho LGBTQ+, que acontece em junho de cada ano. “Os protestos sempre fazem parte do Pride. Mas eles são ofuscados por meninos e meninas com arco-íris pintados no rosto”, reclamou.

O psicoterapeuta já está no ar na quinta temporada de ‘Queer Eye’, que acaba de estrear na Netflix, ao lado dos colegas Tan France (estilista e fashionista), Jonathan Van Ness (cabeleireiro), Bobby Berk (designer de interiores) e Antoni Porowski (Chef e especialista em vinhos).