O nome do novo DVD de vocês é "Onde Nasce o Som". O que o público pode esperar desse novo trabalho?
João Neto: A gente estava num churrasco na casa de uns amigos e entregaram um violão pra mim e pro Fred e a gente cantou na carreira, músicas que não trabalhamos nas rádios e a galera curtiu muito. Aí falaram sobre a gente fazer um DVD assim. Tem músicas antes do sucesso e músicas que marcaram a vida de muitos fãs. É um projeto intimista. É voz e violão. É bem barzinho, roda de viola. Esse projeto é uma coisa que a gente apostou. Faz parte da nossa essência. Tem várias músicas bacanas.
Esse DVD tem 24 músicas, sendo três inéditas. Foi difícil juntar os sucessos em só 21 músicas?
Frederico: Essas inéditas foram difíceis de escolher. E as regravações foram muito mais difíceis. Tem muita música. E tem muita música que a gente gostava, o pessoal que gostava e não podíamos deixar de fora. Então, fizemos um pot-pourri de algumas e, então, deram cerca de 28 músicas.
É complicado trabalhar com o irmão?
Frederico: É bom, rola estresse, mas quando rola, é mais fácil de entrar em acordo. A gente sempre está junto, eu vou à casa dele, janto lá, ele vai à minha. Moramos pertinho, no mesmo condomínio, sempre estamos em família. Não nos desgrudamos, não (risos).
Vocês gravaram a música "Meio Seu" com o Léo Santana. Como foi?
Frederico: Foi legal demais. A gente sempre comentava que queria gravar junto e uma hora saiu. É uma letra legal. A gente está acreditando muito porque é bem animada, pode ser um dos hits do verãozão. Gravamos o clipe em São Paulo com as participações das gêmeas do "BBB", Mayla e Emilly.
Quando vocês perceberam que estavam estourados?
João Neto: Foi na época da música "Pega Fogo, Cabaré". Nessa época, foi a música mais tocada no Brasil, o mercado estava aberto, foi um sucesso o DVD todo.
Vocês estão nas paradas de sucesso há muito tempo. Acha que por isso a cobrança em relação ao trabalho de vocês acaba sendo maior?
João Neto: Tem, temos até uma autocobrança. Mas a gente não faz pensando que a música tem que ser a primeira nas paradas de sucesso. Mas, depois, se for a comercial, vem vindo. Tem que ter emoção, tesão. A partir do momento que a gente não é mais novidade, a gente tem que inovar. Senão o tempo passa e a gente fica para trás.
O João fez Veterinária e o Frederico fez Agronomia. Como a música surgiu na vida de vocês?
João Neto: Eu cheguei a exercer a profissão. Mas a música sempre fez parte da nossa vida, meu pai e meu avô foram músicos. A paixão é a música. Meu pai disse que a herança dele era o estudo. Então, a gente pegou o diploma, entregou pra ele e depois fomos cantar (risos).
Frederico: Eu não exerci. A música surgiu em 2004. Depois que eu terminei a faculdade, decidi compor, compus, fiz umas oito músicas. Aí começamos a cantar. Meu pai pediu pra gente fazer faculdade porque tinha medo. A música é incerta. Mas ele fica feliz pela gente também. Ele se emociona até hoje.
Vocês enfrentaram várias dificuldades antes de fazer sucesso. Em algum momento pensaram em desistir da carreira e partir para outro trabalho?
João Neto: Nesses anos de carreira, só não passamos fome e sofremos acidente. Tocamos em vários barzinhos em Goiânia, passamos muito perrengue.
São 12 anos de carreira. Como é olhar para trás e ver tudo o que vocês conquistaram?
Frederico: É uma alegria muito grande. Até porque a gente apareceu num momento que o mercado estava aberto. Fomos uma das primeiras duplas a gravar DVD, acho que, antes, só tinha o César Menotti e Fabiano. E o DVD tocou todinho. A "Pega Fogo, Cabaré" foi a mais tocada. É uma honra grande chegar onde estamos, sabemos que isso é para poucos.
Vocês têm feito, em média, quantos shows por mês?
Frederico: São cerca de 15, 16 shows por mês.
O que curtem fazer nos dias livres?
João Neto: Fico em casa, com meu filho. Quando estou aqui, faço tudo. Rola muita saudade quando a gente está viajando.
Frederico: Gosto de curtir minhas filhas, as gêmeas, de 4 aninhos, Barbara e Heloísa. Gosto de ficar cuidando delas, de beber um vinho, jogar videogame, ir à academia.