Jornalista e repórter da TV Globo, Rogério Coutinho tem ido às ruas em busca e informação e notícia. O profissional relata como está sendo seu trabalho neste período da pandemia do novo coronavírus. "Tem sido bem exaustiva, mas gratificante. A informação de qualidade tem sido uma das principais 'armas' nesse momento. Nós temos horário pra entrar e sair no trabalho. Só que jornalista em sua essência sempre será jornalista por 24h. Então muitas informações novas chegam a qualquer momento, sem falar no contato com fontes que relatam dramas e desafios que o coronavírus nos trouxe", confessa.
A cobertura da doença, inclusive, é o maior desafio profissional de Rogério. "Tenho certeza que até agora está sendo a mais difícil que já participei. E tem características próprias: uma urgência de atualização das informações a cada minuto, uma mobilização de muitas autoridades públicas pra tentar resolver o problema e, o principal - é um assunto que afetou a vida da atual humanidade. É de uma grandiosidade que parece que não vamos dar conta. São muitas pessoas impactadas. Além de toda essa demanda também existe o medo do que vem pela frente", avalia.
Em um papel social e importante, não é sempre que o jornalista consegue segurar a emoção. E é o caso de Rogério, que tem entrevistado muitas pessoas, nesta cobertura. "Todos os dias a gente se emociona. Falamos com pessoas sobre pessoas e seus dramas e desafios. Mas em duas situações fiquei bem comovido. Numa reportagem no Complexo do Alemão em que escutei relatos de desemprego e falta de água em casa pra lavar as mãos. E numa outra em São Gonçalo em que vi idosos numa longa fila na chuva tentando se vacinar contra a gripe. Mostramos ao vivo no Bom Dia Rio", confessa.
'Não sei mais o que é um abraço'
Os cuidados no dia a dia são necessários para a segurança dos jornalistas nas ruas. Alguns deles, as vezes, se torna até um pouco dolorido emocionalmente. "Já não sei mais o que é um aperto de mão ou um abraço entre os colegas. Higienizamos nossos equipamentos o tempo todo e preservamos nossos entrevistados. É uma realidade dura - diferente, mas vem sendo o jeito mais seguro para conseguirmos trabalhar. E assim vamos seguindo: trabalho/casa - casa/trabalho, torcendo pra tudo volte logo ao normal", confessa Rogério, que tem frisa que tem recebido todos os cuidados da TV Globo.