Juliana Paes está pronta para pedir música no Fantástico! Não que a estrela tenha marcado três gols em algum campeonato de futebol por aí. É que além de acompanhar, simultaneamente, duas personagens marcantes de sua trajetória nas reprises da Globo — Ritinha, de Laços de Família, e Carolina, de Totalmente Demais —, chegou a hora de o público rever a atriz batendo um bolão com as aventuras de Bibi Perigosa na reapresentação da novela A Força do Querer, que estreia amanhã, no horário das 21h. Três dos maiores trabalhos de Ju, que se diverte com com a superexposição na TV.
"Eu queria descansar minha imagem em 2020, né? Seria meu ano sabático (risos). Mas me sinto muito envaidecida, porque das duas uma: ou os projetos e as personagens foram muito legais, ou é um sinal de que não parei de trabalhar um segundo", conta. "Brincadeiras à parte, estou muito lisonjeada. Acho que isso tem a ver com uma trajetória de muita dedicação", revela a atriz, de 41 anos.
Entre as diferentes facetas da morena, está Bibi Perigosa. Personagem que dividiu opinião e marcou época. "Passei um ano sendo chamada de Bibi e a verdade é que isso acontece até hoje. Principalmente com o publico jovem."
Se no início da trama a personagem aparenta ser uma pacata estudante, com o desenrolar da história, a doce Bibi se torna chefe do tráfico de drogas, muito influencia pelo marido, Rubinho (Emilio Dantas).
A glamourização do crime foi pauta na época em que a novela esteve no ar. "Essa complexidade fez ela ganhar uma proporção enorme. Até que ponto as atitudes dela são fruto de uma escolha, uma manipulação ou um relacionamento abusivo? São tantas reflexões. Não foi nada fácil construir a Bibi", lembra a atriz. "Foram cenas difíceis, mas não tinha glamourização do crime. Queríamos chegar o mais próximo da realidade."
'Decidi fugir dos extremos'
De visual novo, a estrela parou de alisar os fios e assumiu os cachos de um vez. "Estou gostando desse cabelo! É um reencontro comigo", define ela, que decidiu mudar ao revirar o baú e encontrar uma foto de sua adolescência. Sempre de bem com a vida, a atriz se considera uma pessoa flexível, principalmente no que diz respeito a evolução pessoal. "Nunca fui de ter opiniões absolutas. Esse momento (da pandemia) está me causando tanto desconforto, que decidi fugir dos extremos. Não acredito nessas versões preto no branco, acredito em todos os tons", decreta.
Ioga e muito papo cabeça
Isolada com o marido, o empresário Carlos Eduardo Baptista, e os filhos, Pedro, de 9 anos, e Antônio, de 7, Juliana entrou de cabeça na pratica de ioga e nos livros de filosofia durante a quarentena do coronavírus. "Tudo isso tem um lado enlouquecedor e maravilhoso, dessa convivência intensa. Tenho feito descobertas com meus filhos que, talvez, não faria. A gente já fez biscoito, vemos filmes... Mas o que tem me ajudado a não enlouquecer é ver séries diferentes da minha realidade, além da filosofia. Percebi que Platão não 'tá' tão distante da gente. Não é papo cabeça. Se pudesse sair de casa, faria um curso de filosofia."
'Eu era canastrona, existe uma apreensão'
Com uma visão crítica do trabalho, Juliana se diverte ao acompanhar seu desempenho em Laços de Família, no Vale a Pena Ver de Novo. "Existe uma apreensão. Tenho medo de assistir! Eu era muito canastrona, muito ruim", avalia a atriz, aos risos. "A Ritinha precisava ser crua, minha inexperiência serviu de bandeja. Nesse sentido, tiro um pouco da responsabilidade", conta ela.
Já em relação à Carolina, de Totalmente Demais, a pressão é menor. Tanto que Ju acompanha a trama trocando mensagens com seus mais de 27 milhões de seguidores do Instagram. "Tenho visto junto com as redes sociais. As pessoas pedem pra mudar o final. Não querem ela com o Arthur (Fábio Assunção). Hoje existe um olhar amadurecido sobre as relações tóxicas."