Mais Lidas

Lista do orçamento secreto abrange seis parlamentares do PT; veja nomes

Em debate, Bolsonaro afirmou que '13 deputados' do partido foram contemplados pelas emendas de relator

Orçamento secreto foi criado no atual governo para que parlamentares indicassem verbas da União sem terem seus nomes divulgados
Orçamento secreto foi criado no atual governo para que parlamentares indicassem verbas da União sem terem seus nomes divulgados -
O Supremo Tribunal Federal (STF) registrou três senadores e três deputados federais do Partido dos Trabalhadores (PT) como alguns dos parlamentares contemplados pelas emendas de relator, popularmente conhecidas como "orçamento secreto". Durante debate na Band neste domingo, 16, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a lista de beneficiados tem 13 integrantes da legenda.
"Eu tenho aqui uma lista preliminar (de) 13 deputados do PT que receberam recursos desse tal orçamento secreto. Eu jamais daria dinheiro para essa turma toda aqui se não tivesse votado comigo, né?", disse Bolsonaro.
O orçamento secreto foi criado no atual governo para que parlamentares indicassem verbas da União para suas regiões sem terem seus nomes divulgados publicamente, o que vai contra a lei de acesso à informação. No final de 2021, no entanto, o STF determinou que o Congresso Nacional passasse a dar publicidade aos nomes dos parlamentares que receberam parte desses recursos.

No documento, constam os nomes de seis parlamentares do PT, que solicitaram que o Congresso repassasse um total total R$ 62,1 milhões para suas áreas. Não é possível identificar se os recursos foram destinados ou não por falta de informações detalhadas na lista.
Veja o destino das verbas e o que dizem os senadores petistas

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) destinou R$ 20 milhões para Vitória. O Hospital Universitário Cassiano Antônio Morais recebeu R$ 1 milhão e o restante dos R$ 19 milhões foram enviados para a Secretaria de Saúde do Espírito Santo.
O parlamentar afirmou que o valor foi “destinado integralmente à Saúde no Espírito Santo durante o período de calamidade pública da pandemia, via Fundo Estadual de Saúde do governo do Estado e que não tinha conhecimento de que se tratava de 'emenda de relator'.

Humberto Costa (PT-PE) disse que fez a indicação para o destino de R$ 15 milhões. O senador teria enviado R$ 3,4 milhões na área da saúde de 15 cidades de Pernambuco. Os outros R$ 12 milhões seriam para máquinas destinadas às prefeituras do estado.
Segundo ele, apenas R$ 3,4 milhões da Saúde foram pagos e os R$ 12 milhões foram indicados por meio do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR) e não pelo governo.

Já Rogério Carvalho (PT-SE) informou à Corte que indicou recursos, mas não apresentou detalhes sobre os valores e as aplicações da verba.

O que alegam os deputados federais 
Flávio Nogueira (PT-PI) informou ao STF a indicação de R$ 23,4 milhões para dez cidades no estado do Piauí. Na época o parlamentar era filiado ao PDT.

Leonardo Monteiro (PT-MG) registrou o destino de R$ 2 milhões, sendo R$ 1 milhão para o sistema de Saúde de Pirapora e a outra metade para cidades de Ataleia e Rio Vermelho, também na área da saúde.

Paulo Guedes (PT-MG) disse ter indicado R$ 1,7 milhão da emenda para a compra de maquinário de construção asfalto, construção de uma praça, uma ponte e pavimentação de ruas em quatro municípios mineiros. Em entrevista ao O GLOBO, ele afirmou que a solicitação de recursos foi feita por meio da emenda de relator.