Até que enfim, Seleção

Em uma temporada marcada por altos e baixos, a Seleção Brasileira escreveu ontem seu último capítulo na tranquila vitória sobre a Coreia do Sul por 3 a 0, gols de Lucas Paquetá, Philippe Coutinho e Danilo em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. O resultado serviu para pôr fim ao jejum de cinco jogos sem vencer e tira um peso das costas do técnico Tite, uma vez que o próximo compromisso do Brasil, em março de 2020, será a estreia nas Eliminatórias para a Copa de 2022, ainda sem adversário definido.

De quebra, a equipe voltou a fazer um gol de falta depois de longos cinco anos e dois meses. O apoiador Philippe Coutinho foi o responsável pela cobrança perfeita que acabou com o jejum, iniciado após o gol de Neymar no amistoso contra a Colômbia, no dia 4 de setembro de 2014.

O triunfo tranquilo muito se deveu ao fato de o rival ser o mais mal posicionado no ranking da Fifa desde a Copa América. A Coreia do Sul sempre foi refém da velocidade do atacante Son, astro do Tottenham, da Inglaterra. O Brasil, por sua vez, conseguiu ser mais agressivo no meio campo desde o começo da partida. E foi assim que Lucas Paquetá, aos oito minutos, abriu o placar. Sem sustos, Philippe Coutinho, aos 35, aumentou de falta e praticamente garantiu a vitória.

Na etapa final, aos 15, Danilo marcou o terceiro. Resultado que não apaga as impressões ruins dos compromissos recentes, mas pelo menos cria um pouco de esperança de dias melhores para a Seleção.

Após a conquista da Copa América, o treinador vinha sendo pressionado por causa de atuações decepcionantes. Ontem, Tite fez mais testes e viu jogadores se destacarem: Renan Lodi substituiu Alex Sandro e participou de dois gols, e Fabinho, no lugar de Casemiro, deu dinamismo ao meio campo. "Contra a Coreia, teve performance durante o jogo, naquilo que a gente busca. Mas o objetivo era ter jogadores se firmando", afirmou Tite.