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Rodolfo Landim ignora CPI do CT

Presidente foi visto almoçando na hora da sessão

Na véspera de completar um ano da maior tragédia da história do Flamengo, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) convocou ontem uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada em novembro, para apurar recentes incêndios de grande porte e chamou personagens envolvidos na tragédia do Ninho do Urubu. Ex-cartolas e atuais dirigentes foram convocados, mas uma ausência foi sentida: Rodolfo Landim, presidente do clube, não deu o ar da graça. Pior, ele foi visto almoçando em um restaurante na Zona Sul.

O ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello e o ex-vice de Administração Luiz Felipe Teixeira, mesmo sendo avisados às 20h11 de quinta, desmarcaram seus compromissos pessoais e compareceram à Alerj. Sem a presença de Landim e de Rodrigo Dunshee, atual vice-jurídico e que também foi convocado, o clube enviou às pressas o CEO Reinaldo Belotti, claramente despreparado para as perguntas durante as quase seis horas de sessão.

O momento de maior revolta entre os participantes da reunião aconteceu quando a família de Pablo pediu para ir ao Ninho do Urubu hoje, pela manhã, para acender uma vela em homenagem ao filho, mas Belotti, principal representante do Rubro-Negro no encontro, disse que só seria possível após às 16h, quando o grupo principal deixaria a concentração.

A liberação parcial mexeu com a advogada da família, Mariju Maciel, que criticou a postura do Flamengo no período pós-tragédia. Após quase uma hora, o dirigente mudou de postura e aceitou receber a família de Pablo no Ninho, mas com uma ressalva: "Aceitamos, mas sem a imprensa".

Presidente de 2013 a 2018, Bandeira de Mello não fugiu da raia e respondeu todas as perguntas durante a sessão. Ele ressaltou o trabalho feito durante as suas gestões para reerguer o Centro de Treinamento, local da tragédia.