Meio cheio, meio vazio

A postura da diretoria do Flamengo em relação às famílias das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu segue sendo criticada. Em entrevista à TV Brasil, no domingo, o presidente rubro-negro, Rodolfo Landim, falou sobre o primeiro ano após a tragédia e afirmou que o clube "não pode aceitar qualquer pedido absurdo de valor que venha a ser feito" pelos representantes das famílias.

"O Flamengo quer resolver isso, se você está falando resolver economicamente. Mas o Flamengo não pode aceitar qualquer pedido absurdo de valor que venha a ser feito. Mas concordo (que seria um título) que seria excelente se chegássemos a um acordo", disse.

Durante a entrevista, o dirigente revelou que o clube vai entregar camisas autografadas pelos jogadores aos familiares das vítimas do Ninho do Urubu. "Esse assunto, a diretoria coloca enorme atenção. Ontem (sábado, na vitória por 2 a 0 sobre o Madureira), tivemos uma festa organizada pelo Flamengo, com entrada em campo com faixas, passamos no telão um vídeo, balões com a torcida, os jogadores entraram com nome das crianças que faleceram. Aliás, vamos preparar essas camisas para as famílias. Eles vão autografar e encaminhar camisa para cada um deles (famílias)", afirmou Landim, completando: "São várias outras coisas que fazemos. Não vejo olharem o copo meio cheio. Mas só meio vazio. As pessoas sempre acham que pode ser feita outra coisa", reclamou.

Landim falou sobre a apuração das responsabilidades: "As críticas são as mais diversas. Há críticas do aspecto de apuração do que ocorreu. (Houve falha?) Se houve ou não, o inquérito da Polícia Civil vai dizer. Eles mandaram para o Ministério Público. Parece que vai sair indiciamento este mês ainda", concluiu.