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Rio - O atleta que está há muito tempo na Europa precisa de um período de readaptação ao Brasil. A frase é antiga e pode até fazer sentido, mas não no Flamengo. Quem veio do futebol europeu incorporou em pouquíssimo tempo o espírito rubro-negro. Rafinha, Pablo Marí e Gerson parecem estar há uma temporada no clube. Filipe Luís, a mais recente das grandes contratações, deve estrear neste domingo contra o Bahia, às 16h, em Salvador. É outro que está para lá de adaptado ao 'rubro-negrismo'.
Flamenguista desde a infância, Filipe Luís assistiu no camarote do Maracanã a vitória do Flamengo sobre o Emelec, quarta-feira. A cada lance, o lateral-esquerdo vibrava tanto quanto o torcedor da arquibancada. Rafinha, há cinco jogos no clube, desabou no choro após a classificação. Gerson correu para a torcida, e Pablo Marí, que sequer é brasileiro - é espanhol -, se encantou com a torcida.
"Aqui as pessoas vivem o futebol a sério, de verdade. A torcida desse time vive por e para o Flamengo. É a maior do Brasil e isso fica claro quando os torcedores se alastram. Tudo neste clube tem uma repercussão enorme. Flamengo é como Real Madrid ou Barcelona. Quando a torcida está em êxtase, ela pode ser comparada a qualquer outra no mundo", disse o zagueiro ao jornal espanhol 'AS'.
Mais do que somente encarnar a alma rubro-negra, os atletas vindos da Europa têm contribuído e muito no desempenho técnico do time de Jorge Jesus. Rafinha tem feito a diferença pela lateral-direita, assim como Gerson no meio de campo. Marí, que estreou 'na fogueira' por conta da lesão de Rodrigo Caio e da venda de Léo Duarte, fez ótimas atuações contra Botafogo e Emelec. Domingo, será a vez de Filipe Luís entrar em campo pela primeira vez pelo seu clube do coração. Se depender de boas energias, Salvador é a terra certa.
