A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, afirmou ontem que não houve falha no combate às fake news durante as eleições. Em entrevista na sede do TSE, em Brasília, reconheceu, no entanto, que existem dificuldades para lidar com o problema.
"A desinformação é intolerável e está recebendo resposta nas áreas jurídica e administrativa. Mas se tiverem uma solução (imediata), por favor, nos apresentem porque, por enquanto, não descobrimos um milagre", admitiu. Para Rosa Weber, as fake news devem ser combatidas com "informação responsável e objetiva".
Sobre compra de pacotes de disparos de mensagens contra o Partido dos Trabalhadores (PT) por empresas que seriam simpatizantes de Jair Bolsonaro (PSL) no WhatsApp, como revelou a Folha de S.Paulo, ela afirmou: "O Direito tem o seu tempo. A Justiça Eleitoral age provocada por ações judiciais. Observando o processo legal daremos, em momento oportuno, a resposta adequada".
Na mesma entrevista, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, revelou que as campanhas de Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) são investigadas por suposta contratação de empresas para disseminação de mensagens pelo WhatsApp. O caso, segundo Jungmann, está sob sigilo.
Sobre o vídeo no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do candidato à Presidência, disse que "para fechar o STF basta um cabo e um soldado", Rosa Weber afirmou que "nenhum juiz irá se abalar".