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Menos dinheiro em 2019

Três unidades de emergência receberão menos R$ 105 milhões

Funcionários da Saúde protestaram durante audiência Pública
Funcionários da Saúde protestaram durante audiência Pública -

A crise que assola o sistema e saúde do município do Rio pode ficar ainda mais grave no ano que vem. Com o corte de mais de R$ 725 milhões no orçamento da Saúde para 2019, a distribuição de verba será revista. De acordo com o projeto de lei orçamentária, de 26 hospitais, oito terão queda no orçamento, uma redução de R$ 304,5 milhões. Ontem, funcionários da Saúde protestaram contra o corte, nas galerias da Câmara Municipal, enquanto vereadores discutiam o tema em audiência pública.

Três hospitais de emergência terão redução de verba. O Souza Aguiar receberá menos R$ 53 milhões, seguido do Pedro II, com corte de mais de R$ 26 milhões, e o Rocha Faria, com menos 25 milhões. "Não podemos acreditar que essa redução não impactará na assistência direta à população, que já se encontra negligenciada em seu direito constitucional de acesso amplo e irrestrito aos serviços de saúde", disse a presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira, vereadora Rosa Fernandes (MDB).

Na Atenção Primária, as dez coordenadorias gerais terão orçamento reduzido. "A Zona Oeste vai perder mais de R$ 200 milhões em saúde primária e a Zona Norte, R$ 150 milhões. São as áreas que deveriam ter atenção maior, que concentram maior número de pessoas de baixa renda. É justamente nessas áreas que o prefeito resolveu tirar recursos", criticou a vereadora Teresa Bergher (PSDB).

A prefeitura anunciou o corte de 239 equipes nas Clínicas da Família. Semana passada, 800 profissionais da Saúde entraram em greve e a paralisação continua.