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Maré de sangue: cinco mortos em ação da PM

Operação, que começou de madrugada, também deixou 11 pessoas feridas

Segundo a PM, a invasão ao Complexo da Maré foi necessária para impedir uma 'grande ação criminosa'
Segundo a PM, a invasão ao Complexo da Maré foi necessária para impedir uma 'grande ação criminosa' -

Uma operação da Polícia Militar resultou na morte de cinco pessoas, entre elas um professor, e deixou 11 feridas, no Complexo da Maré. Cerca de 800 quilos de drogas, uma pistola, um fuzil Airsoft, dois canos de fuzil FAL, uma luneta, um colete à prova de balas, uma granada e nove veículos (três carros e seis motocicletas) foram apreendidos.

Segundo a ONG Redes da Maré, a PM desrespeitou uma Ação Civil Pública que impede operações policiais durante a noite e madrugada no Complexo. Segundo a assessoria de imprensa da corporação, a ação teve por objetivo intervir numa ampla reunião de criminosos, "seguindo informações levantadas e confirmadas pelo Setor de Inteligência da Corporação".

O porta-voz da PM, major Ivan Blaz, explicou que como se tratava de uma situação emergencial, visando à garantia da ordem e à segurança de moradores, "não houve qualquer descumprimento de decisões do Poder Judiciário e da própria Secretaria de Estado de Segurança, que estabelecem normas para operações policiais no Complexo da Maré".

A Justiça do Rio, atendendo pedido da Defensoria Pública, havia determinado a elaboração de um plano de redução de danos nas operações realizadas na Maré. O plano, segundo a Defensoria, deveria estabelecer como obrigatória a presença de ambulâncias durante as operações policiais, assim como determinar a implementação de equipamentos de vídeo, áudio e GPS em todas as viaturas.