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Piloto abre o bico

Bandidão diz que recebia proteção no Paraguai

'Sou traficante, não terrorista'
'Sou traficante, não terrorista' -

O traficante Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o 'Marcelo Piloto', declarou que recebia proteção de um oficial da Polícia Nacional do Paraguai, país em que está preso desde dezembro do ano passado. Em entrevista a jornalistas paraguaios ontem, o traficante brasileiro afirmou que pagava para ser protegido por Abel Cañete, atual diretor-geral de Investigações Criminais da Polícia Nacional. "Tenho provas, se algum promotor se interessar", disse. O comissário negou a acusação e disse que está à disposição para ser investigado.

Aos jornalistas, 'Piloto' afirmou ser traficante de armas e drogas e negou que tenha planejado ataques terroristas com explosivos, como foi acusado após a descoberta de um esconderijo da facção da qual ele faz parte. No dia 24 de outubro, uma tentativa de resgate de Marcelo Piloto terminou com três mortos no Paraguai.

"Não estou dizendo que eu sou inocente", disse o bandidão. "Todo mundo sabe que me dedico ao comércio de armas e drogas. Compro em Assunção e vendo em Ciudad Del Este, vendo em Pedro Juan Caballero. Vendo coisas ilícitas, sou comerciante. Sou traficante, não sou terrorista. Ser acusado de terrorista no Brasil pode acabar em morte", completou o criminoso.

A Justiça do Paraguai já autorizou a extradição do narcotraficante. De acordo com informações do jornal paraguaio La Nación, a decisão foi tomada pela juíza Alicia Pedrozo em 26 de outubro, após diversas tentativas de resgate, mas a extradição só ocorrerá após a conclusão de dois processos por homicídio e falsificação de documentos a que ele responde no Paraguai. No Brasil, ele foi condenado a 26 anos de prisão.

Marcelo Piloto foi preso no Paraguai em dezembro de 2017, em ação conjunta das polícias brasileira, paraguaia e americana. O traficante é homem de confiança de Fernandinho Beira-Mar e herdou o posto de Marcelinho Niterói, morto por agentes da Polícia Federal na Maré, em 2011.

'Sou traficante, não terrorista' AFP / Norberto Duarte
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