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Generais criticam decisão de Witzel

São contra a extinção da Secretaria de Segurança

Richard Nunes (à direita) e Braga Neto (centro) falaram durante fórum
Richard Nunes (à direita) e Braga Neto (centro) falaram durante fórum -

Os generais Braga Netto, interventor federal da Segurança Pública, e Richard Nunes, secretário de Segurança do Rio, criticaram o fim da Secretaria de Segurança, anunciado pelo governador eleito Wilson Witzel (PSC).

"Primeira surpresa que eu tive é que na nossa instituição quem planeja a intervenção é quem sai. Esse foi o meu primeiro choque. Mas todo o planejamento que apresentei foi montado em cima dessa estrutura. Uma Secretaria de Segurança, Defesa Civil e Bombeiros, e de assuntos penitenciários. Todo o legado foi planejado para está estrutura. Essa é a minha preocupação com a transição. Como é que vai se adaptar o legado que vamos deixar com a nova estrutura?", questionou Braga Netto.

As criticas do interventor e do secretário foram feitas na presença do vice-governador eleito Cláudio Castro (PSC), em um fórum de debates do Observatório Militar da Praia Vermelha, na Urca, que apresentou resultados da intervenção. Em nota, Witzel disse que "as recomendações e sugestões do Gabinete de Intervenção Federal são sempre bem-vindas, agradece todo o esforço feito pela intervenção e reitera que o futuro governo aproveitará o seu legado".

Nunes criticou o pedido da Polícia Federal (PF) para ter acesso à investigação feita pela Polícia Civil do caso Marielle Franco e Anderson Gomes, executados em março, e disse que estão dando voz para bandido, referindo-se ao miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica.

Segundo Curicica, a cúpula da Polícia Civil, inclusive o chefe da instituição, Rivaldo Barbosa, fariam parte de um esquema que acoberta crimes cometidos pela milícia que atua no Rio de Janeiro. O general defendeu a sua escolha para chefiar a Polícia Civil. "A escolha feita do Chefe de Polícia Civil e do comandante da Polícia Militar foi com dados que tínhamos e eles realizaram um trabalho excepcional", disse.

Operação militar nas zonas Norte e Oeste

Agentes das forças de segurança realizaram uma megaoperação em 13 comunidades das zonas Norte e Oeste, ontem. O balanço da ação terminou com dois suspeitos mortos durante confronto, em Acari, quatro presos, um menor apreendido, dois fuzis e um radio transmissor apreendidos; 15 carros e sete motos recuperadas; 700 revistas realizadas, e quatro desmanches de carros localizados nos complexos do Chapadão e Pedreira.

Participam da ação 4.760 militares das Forças Armadas, 120 policiais civis e 60 policiais militares, com o apoio de blindados e helicópteros. Os militares atuaram em Bangu, Anchieta, Guadalupe, Colégio, Honório Gurgel, Vicente de Carvalho e localidades vizinhas à Vila Militar de Deodoro.