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Ministério Público comparou condições do CT do Flamengo às instalações do Degase

Clube foi ajuizado em 2015 sobre irregularidades nos dormitórios e precariedade dos colchões

Cenário de destruição: condições eram péssimas
Cenário de destruição: condições eram péssimas -

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) emitiu uma nota na tarde desta sexta-feira lamentando a tragédia que matou dez pessoas no Ninho do Urubu, entre elas oito jogadores da base do Flamengo. O comunicado ressalta que, em março de 2015, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou ação civil pública alertando que as “precárias condições oferecidas pelo Clube de Regatas do Flamengo a seus atletas são inferiores até mesmo àquelas ofertadas aos adolescentes que cumprem medida socioeducativa de semiliberdade em unidades do Departamento Geral de Ações Educativas (Degase)”.

A nota lembra ainda que o Comissariado de Justiça da Infância e Juventude realizou reiteradas visitas ao CT, constatando sinais de irregularidades quanto à habitação, além de grande precariedade no que se refere aos colchões utilizados pelos adolescentes. O documento relatou também que vários jovens permaneceram no centro de treinamento sem autorização formal dos pais.

Bens sob ameaça

O Ministério Público do Trabalho (MPT) criou uma força-tarefa para apurar as responsabilidades no incêndio que matou dez pessoas no Ninho do Urubu. O grupo investigará as condições a que os meninos da base do Flamengo eram submetidos. Dependendo do resultado, o órgão diz que os responsáveis serão punidos. Neste caso, existe a possibilidade de que parte dos bens do clube sejam penhorados para o pagamento das indenizações.