Salvar vidas. A missão primária dos militares do Corpo de Bombeiros nunca foi tão desafiadora. Mesmo no cenário atual de pandemia, em que a população é orientada a ficar em suas casas, eles ainda precisam apagar incêndios, resgatar feridos em acidentes e fazer atendimentos médicos de emergência.
"Sabemos dos riscos, não podemos ficar em casa. Escolhemos salvar vidas. Então, me sinto orgulhosa da minha profissão", conta a sargento Elaine Marmelo, técnica de enfermagem do Corpo de Bombeiros de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos.
Desde o início da quarentena, todos os militares são orientados sobre as medidas corretas de enfrentamento à propagação do vírus. As normas têm como base o protocolo do Ministério da Saúde. Segundo a técnica de enfermagem, além das práticas indicadas aos demais cidadãos, como utilizar máscaras e lavar as mãos com frequência, foram redobrados os cuidados com a higienização do ambiente do alojamento, fardamento e viaturas. "Prevenção é a palavra de ordem para frearmos este vírus", diz.
A capitã Paula Mesquita, médica da Diretoria de Socorro de Emergência do CBMERJ, conta que todas as etapas de um atendimento foram atualizadas para evitar o risco de contaminação. As mudanças vão do socorro à vítima ao regresso à unidade, passando pelo transporte, a chegada à unidade de saúde e a descontaminação de viaturas, o descarte de materiais e o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).
Estar na linha de frente, de acordo com a capitã, representa um teste para todo o conhecimento que adquiriu na faculdade de medicina. "Me sinto realizada em poder fazer parte deste grupo de profissionais", conclui a oficial.