Rio - O BRT fechou, nesta terça-feira, as estações Olaria, Arroio Pavuna, Divina Providência, Pedro Taques, Guaporé, Cardoso de Morais e Santa Luzia, todas do corredor Transcarioca, por causa de vandalismo. De acordo com o consórcio, mais de 80 estações já foram alvos de furtos de equipamentos essenciais para a operação, praticados por vândalos e bandidos.
O consórcio disse que as estações fechadas funcionaram durante vários dias em condições precárias, para não prejudicar os passageiros que precisam se deslocar por elas. A decisão de fechá-las foi para garantir a segurança dos próprios usuários.
"Infelizmente, para que as pessoas tenham uma ideia, de 125 estações que o BRT opera, 84 delas foram vandalizadas nos últimos 60 dias, seja por roubo de cabos, quebra de portas, quebra de roletas, dentre outros tipos de crime, que muitas vezes inviabilizam a operação das estações e prejudicam principalmente os usuários", conta o diretor de Relações Institucionais do BRT Rio, Bernard Fonseca.
Estação Olaria do BRT Transcarioca destruída após vandalismo. #ODia pic.twitter.com/Gp9Z9FyHUh
— Jornal O Dia (@jornalodia) May 20, 2020
O consórcio informou que o número de ocorrências nos três corredores que opera chegou a 160. A maior parte delas aconteceu na Transcarioca, que teve 87 ocorrências. Já na Transoeste foram 48 e na Transolímpica 25. Os furtos de cabos, perfis de alumínio, bebedouros e fitas de led, além de depredação de catracas, bilheterias e vidros são os crimes mais recorrentes no sistema.
"Milhares de usuários são prejudicados por dia e tudo isso poderia ser amenizado se os órgãos de segurança pública participassem mais ativamente, garantindo a preservação dessas estações e terminais e a integridade física dos passageiros", destacou Bernard.
O BRT reforça que a segurança dos terminais e das estações é atribuição do poder público, de acordo com a legislação. Os controladores trabalham apenas para orientar os passageiros para a operação do sistema. Ou seja, eles não têm poder de polícia, assim como os motoristas dos articulados.
Diretor de Relações Institucionais do BRT Rio, Bernard Fonseca, fala do vandalismo nas estações dos corredores da cidade. #ODia pic.twitter.com/yfxLhgwEe7
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O consórcio enfatiza ainda que somente com a ação integrada e efetiva das autoridades, seja através das secretarias municipais de Transportes, de Infraestrutura e de Ordem Pública ou com as polícias Civil e Militar, assim como a participação da população na preservação de ônibus articulados e estações, será possível reverter essa situação.
"Mais uma vez o BRT vem reiterar a necessidade da participação dos órgãos de segurança pública, sejam do estado, sejam do município, na garantia do transporte público dessas pessoas com segurança e qualidade, como o eixo concessionário tem buscado nos últimos tempos", cobra o diretor de Relações Institucionais do BRT.