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São Paulo divulga as diretrizes para o retorno das aulas presenciais

Governo estadual definiu os períodos que serão priorizados na retomada do ensino nas redes pública e privada

Aulas estão suspensas desde março
Aulas estão suspensas desde março -
São Paulo - O estado de São Paulo divulgou nesta terça-feira (1º) as diretrizes para retomada das aulas presenciais nas redes pública e privada. De acordo com as recomendações, deverão ser priorizados os retornos dos 1º, 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do médio.

O governo estadual já havia dito anteriormente que o retorno das atividades escolares já poderiam retornar no dia 8 de setembro, desde que ficassem restritas à programações recreativas e não curriculares. Apesar da definição da data, os municípios que estivessem a pelo menos 28 dias na fase amarela do Plano São Paulo ainda teriam a opção de adotar medidas mais rígidas e adiar o retorno.
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Os períodos escolhidos como prioritários foram definidos por conta de serem os mais cruciais para o processo de aprendizagem dos estudantes. O 1º e o 2º ano do fundamental correspondem à alfabetização, processo considerado difícil de ser feito com as aulas a distância, uma vez que depende de mediação de um profissional.

Já o 5º e o 9º ano do fundamental são as séries finais do ensino fundamental 1 e 2. Elas foram escolhidas por serem as épocas em que os estudantes costumam mudar de escola.

Por fim, também foi colocado como prioridade o 3º ano do ensino médio, que é a última série da educação básica e o momento em que os alunos estão prestes a ingressar nas universidades.

Além dos alunos inscritos nestas séries, os estudantes sem acesso a computadores ou conexão de internet ou que tenham dificuldades de aprendizagem, sinais de distúrbios emocionais relacionados ao isolamento social também terão prioridade.

Na capital paulista, esse retorno em 8 de setembro já foi descartado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) tanto para a rede pública quanto para a particular. A decisão foi tomada com base em um inquérito sorológico que mostrou que as crianças com Covid-19 são, em sua maioria, assintomáticas, transformando-as em vetores invisíveis.

Dentre as atividades presenciais que podem ser ofertadas já a partir de 8 de setembro estão reforço e recuperação da aprendizagem, acolhimento emocional, orientação de estudos e tutoria pedagógica, plantão de dúvidas, avaliação diagnóstica e formativa, atividades esportivas e culturais, utilização da infraestrutura de tecnologia da informação da escola para estudo e acompanhamento das atividades escolares não presenciais.

Neste momento, a participação dos estudantes não será obrigatória e aqueles que fazem parte do grupo de risco não deverão comparecer às aulas presenciais.

Quanto aos critérios específicos para a rede estadual, as escolas poderão receber até 20% dos alunos matriculados a cada dia, independentemente da etapa de ensino. A primeira semana de atividades presenciais será destinada a ações de acolhimento aos estudantes e profissionais da educação.

A resolução determina, no entanto, que as instituições estaduais só poderão ofertar as atividades presenciais quando tiverem produtos de higiene e equipamentos de proteção individual necessários em quantidade suficiente. Esses itens são sabão líquido, álcool gel, máscaras de tecido para alunos e funcionários, face shields (protetores de face) para funcionários e termômetros.

Ao chegar à escola, todos os alunos deverão ter a temperatura aferida por funcionários. Caso esteja acima de 37,5°C, os servidores deverão orientar o retorno dos estudantes para casa e a busca de atendimento médico, se necessário.

Dentro das salas de aulas, também será obrigatório o distanciamento de 1,5 m entre as mesas dos estudantes e a utilização de máscaras. Se possível, os funcionários devem deixar as janelas abertas para favorecer a circulação de ar.

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