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Justiça exige que escolas particulares do Rio permaneçam fechadas

Pedido de suspensão da decisão feito pela Prefeitura do Rio foi negado

Julgamento de ações na Justiça vão determinar reabertura das escolas particulares, decide presidente do TJRJ
Julgamento de ações na Justiça vão determinar reabertura das escolas particulares, decide presidente do TJRJ -
Rio - As escolas particulares do município do Rio de Janeiro continuarão fechadas, de acordo com a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ). O Prefeitura do Rio entrou com pedido de suspensão de segurança para que as aulas retornassem nesta quarta-feira, mas o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, desembargador Claudio de Mello Tavares, negou. Embora a decisão esteja confirmada desde segunda-feira, 11, pelo menos duas escolas particulares da capital seguiram oferecendo essas aulas a turmas do ensino fundamental nesta terça-feira.

Tavares destacou que "a suspensão de segurança é aquilo que os médicos chamam de remédio heroico, um remédio para situações desesperadas e extraordinárias, próprio para ser empregado exatamente contra decisão judicial, nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, no caso de manifesto interesse público ou de flagrante ilegitimidade, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública. É um canhão de cem toneladas que exige, para ser usado, um mecanismo complicado, para atirar uma quantidade considerável de pólvora, e para ser ajustado, um grande alvo para pontaria. Dito de outra forma: deve ser utilizado como a bala de prata".

Por fim, o presidente do TJRJ ressaltou a necessidade de se resguardar a segurança jurídica, asseverando que "em não havendo nova decisão, não há razão jurídica para transmudar a certeza e a segurança jurídica assentadas em virtude da decisão anteriormente prolatada, a qual se encontra sub judice, pendente de análise tanto pelo Colegiado da 3ª Câmara Cível, quanto pelo E. Supremo Tribunal Federal”.
Procurada, a Prefeitura do Rio ainda não se pronunciou sobre a decisão.
Polêmica
Foram muitas reuniões com pais e professores até o Centro Educacional Miraflores, em Laranjeiras, decidir abrir as portas para receber alunos na manhã da última segunda, 14, o primeiro dia da retomada das aulas presenciais em algumas escolas particulares do Rio. O assunto, no entanto, ainda está longe de um consenso. No domingo, 13, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) autorizou a volta às aulas nas instituições particulares, mas a Prefeitura entende que uma outra decisão, esta do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), proíbe o retorno no município. Sindicatos das escolas e dos professores têm opiniões diferentes.