Recapeamento do Aterro do Flamengo aumentou número de acidentes, aponta TCM

Rio - Um relatório realizado pelo Tribrunal de Contas do Município do Rio de Janeiro (TCMRJ) apontou que a obra de recapeamento no Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio, aumentou o risco de acidentes por má qualidade do asfalto. A obra foi realizada em outubro de 2019. 

Na análise do TCMRJ, eles afirmam que o material utilizado na obra é inadequado, o que resultou em desempenho insatisfatório de aderência de pneus ao pavimento nas vias do Aterro do Flamengo tratadas com selante asfáltico e no aumento do número de acidentes rodoviários nas vias que receberam aplicação do selante asfáltico.

Procurada, a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Conservação declarou que considera 'curioso' "que poucos dias da eleição, haja a divulgação de um relatório do TCM, datado de abril, para questionar uma ação que já teve todas as questões técnicas esclarecidas".

A pasta completou alegando que "basta avaliar quantos acidentes aconteceram no Aterro nos últimos 6 meses, tempo passado entre o relatório e dia divulgação. A aderência do material utilizado é a ideal para o local e houve, inclusive, a correção de ângulo de algumas curvas que estavam erradas há anos. Mesmo na época da colocação, não houve aumento de acidentes com base na análise do registro histórico" e que "a SMIHC segue à disposição do TCM, como sempre esteve, para prestar os esclarecimentos técnicos necessários de qualquer intervenção realizada. Mas tendo em vista a data do relatório e o fato de que a divulgação foi via imprensa, e não para os técnicos da Secretaria, não nos foi dada essa oportunidade."

Em novembro do ano passado, um acidente envolvendo dois ônibus deixou seis pessoas feridas, no Aterro do Flamengo, Zona Sul do Rio. As vítimas foram socorridas para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. 

Ainda em novembro de 2019, o motorista de um Fiat Doblo cinza sofreu um acidente ao tentar frear o carro na pista do Aterro do Flamengo. O caso aconteceu por volta das 7h, na altura do Mourisco, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, e ninguém ficou ferido. Segundo Edson de Jesus, de 51 anos, ele estava dirigindo numa velocidade entre 50 e 60 km/h, no sentido Copacabana, quando foi surpreendido por um outro veículo que saiu do retorno em direção a sua pista.