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Ministério da Saúde pretende fabricar 140 milhões de doses de vacina do coronavírus em 2021

Governo garante que as doses vão aderir ao Programa Nacional de Imunização. Será necessário CPF para se vacinar

Fachada do Ministério da Saúde na Esplanada dos Ministérios
Fachada do Ministério da Saúde na Esplanada dos Ministérios -
Brasil - O Ministério da Saúde afirmou, em coletiva realizada nesta quinta-feira, a previsão de fabricar 140 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para oferecer aos brasileiros no primeiro semestre de 2021. As vacinas são provenientes dos acordos feitos com Oxford e Astrazeneca e do consórcio da OMS Covax Facility. 
De acordo com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, o governo já tem garantido esse número de vacinas para aderir ao Programa Nacional de Imunização. 
Se as vacinas tiverem resultado positivo, a aplicação vai exigir CPF, pois assim os agentes vão conseguir realizar o monitoramento constante de eventos adversos. Além disso, com a possibilidade de oferta de inúmeras vacinas vai haver um controle através de uma carteira nacional digital de vacinação para a pessoa não tomar várias. 
No caso da Covax facility, Franco afirmou que foi pago nesta quarta-feira a primeira parcela da vacina. Dessa forma, o Brasil passa a ter direito a resultados positivos das pesquisas e de eventuais vacinas desenvolvidas no âmbito do projeto.
Nesta vacina, serão fabricadas 40 milhões de doses. Como essa vacina pode demandar duas doses por pessoa, o contingente de pessoas vacinadas será de 20 milhões de brasileiros. Os profissionais de saúde e pessoas do grupo de risco, entre idosos (60 anos ou mais) ou com comorbidade, foram os escolhidos para receber a vacina. 
Já a vacina de Oxford, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela fabricação no Brasil, deu entrada no processo de submissão contínua na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Serão fabricadas 100 milhões de doses. A partir desse momento, os responsáveis da vacina começam a fornecer informações e abrem o processo de análise pela Anvisa.
De acordo com a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, há perspectiva de resultados dos estudos da Fase 3 em novembro ou dezembro. Esta é a etapa em que a substância é analisada em sua aplicação em humanos.