Familiares de Kathlen Romeu, jovem grávida morta no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio, no dia 8 de junho, se reuniram, ontem, com lideranças religiosas e do Movimento Negro para homenageá-la em um ato que marca um mês de sua morte. A designer de interiores estava grávida de 14 semanas e caminhava com a sua avó, durante uma visita, quando foi atingida com um tiro de fuzil no tórax. O caso não foi solucionado e a família pede justiça.
Durante a solenidade, alguns familiares ficaram muito abalados, como a mãe de Katlhen, Jaqueline Oliveira, que chegou a pedir um tempo para tentar controlar a dor. Estiveram presentes também o pai, Luciano Gonçalves, o viúvo, Marcelo Ramos, sogros e avós.
Placas foram instaladas durante a memória, responsabilizando a política de segurança do governo do Estado. O marido de Kathlen afirmou que pretende fazer mais atos para honrar a memória de sua esposa e pede justiça.
"Estamos aqui para mostrar que a nossa luta não acabou e reivindicar mais uma vez por justiça, para que os culpados sejam punidos. A gente pretende fazer mais atos, para poder honrar o nome da 'Kathe' e tentar de alguma forma melhorar a realidade dos jovens que moram nas favelas do Rio de Janeiro", afirmou.