Novo conjunto óptico, melhor acabamento, teto solar panorâmico e uma boa pitada de potência. Essa é a receita usada pela Honda no retorno da versão Touring à lista de opções do HR-V, seu SUV mais vendido. Equipada com o motor 1.5 turbo do Civic, capaz de render 173 cavalos, a configuração chega para impulsionar, literalmente e não literalmente, o japonês. Mas nem tudo são flores. O lançamento cobra caro pela motorização: R$ 139.900.
Depois de aparecer em 2017 e ser 'descontinuada', a versão volta à cena trazendo o tão esperado motor turbo, mas o preço é salgado para um SUV compacto. Nessa faixa (R$ 140 mil), o HR-V entra numa briga difícil com modelos de maior porte, como o Jeep Compass e versões do Volkswagen Tiguan, que tem sete lugares. Aliás, o modelo ficou mais caro que o próprio irmão de motor, o Civic Touring, que custa R$ 128,9 mil.
Para justificar o preço, além do motor mais potente, a Honda resolveu deixar o modelo mais refinado. Com isso, o HR-V Touring traz conjunto óptico 100% em LED, que inclui o farol de neblina e as lanternas, teto solar panorâmico elétrico, interior em dois tons de couro, chave presencial para acesso e partida, e sistema Lane Watch que mostra no multimídia a imagem de uma câmera inserida no retrovisor direito. Além disso, há sensores de chuva e dianteiros de estacionamento. É um conjunto de equipamentos importante, para fazer os clientes toparem pagar quase R$ 30 mil a mais que o EXL, antiga topo de linha.
Emprestado do Civic, o motor 1.5 de quatro cilindros da versão Touring precisou ser calibrado para rodar no HR-V. E a calibração deu resultado. Rodamos por 200 km com a versão do SUV, em trechos de cidade, com trânsito intenso, e rodoviários, onde conseguimos pisar mais fundo no acelerador. Em ambas as circunstâncias, o motor que tem turbo de baixa inércia, injeção direta, abertura variável das válvulas de admissão e escape duplo, tem bom desempenho.