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França anuncia subsídio de 100 euros para compensar aumento do combustível

Setor teve um aumento na semana passada de dois centavos para o litro do diesel médio (1,56 euro) e para a gasolina sem chumbo (1,62 euro)

Cheque único, no equivalente a cerca de 115 dólares, será destinado a pessoas com emprego, desempregados que buscam trabalho e aposentados
Cheque único, no equivalente a cerca de 115 dólares, será destinado a pessoas com emprego, desempregados que buscam trabalho e aposentados -
Os franceses que ganharem menos de 2 mil euros líquidos por mês serão beneficiados com um auxílio de 100 euros a partir de dezembro para compensar o encarecimento do combustível, anunciou o primeiro-ministro Jean Castex nesta quinta-feira (21).
Este cheque único, equivalente a cerca de 115 dólares e que será destinado a pessoas com emprego, desempregados que buscam trabalho e aposentados, é a solução "mais justa e mais eficaz", anunciou Castex à rede privada TF1.
O dispositivo ainda será revelado nos próximos dias, mas o chefe do governo adiantou que os 38 milhões de beneficiários desta "indenização da inflação" não precisarão realizar transações porque o pagamento será "automático".
O Executivo francês buscava há dias uma "medida simples, justa e eficaz" para proteger o poder de compra, diante de uma situação que poderia representar uma bomba-relógio a seis meses da eleição presidencial.
O primeiro mandato do presidente francês, o liberal Emmanuel Macron, foi marcado pela crise dos "coletes amarelos", que começou contra uma alta dos preços de combustíveis no final de 2018 e continuou durante parte de 2019.
Os combustíveis aumentaram na semana passada 2 centavos para níveis historicamente altos de 1,56 euro o litro para o diesel médio e 1,62 euro para a gasolina sem chumbo, com até 10% de etanol (SP95-E10).
Tudo isso em um contexto de alta dos preços do gás e da eletricidade, que obrigou os governos de algumas das principais economias do mundo a anunciarem um "escudo" energético no final de setembro para frear esses aumentos.
O preço do gás permanecerá bloqueado "ao longo de 2022", informou Castex nesta quinta-feira, ao explicar que, segundo os especialistas, a queda dos preços "será mais lenta" que o previsto.