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Três homens ficam feridos em ônibus incendiado na Penha

Dois dos feridos acabaram presos após serem atendidos no Hospital Getúlio Vargas

Ônibus é incendiado na Penha, nesta terça-feira.
Ônibus é incendiado na Penha, nesta terça-feira. -

Rio - Três homens ficaram feridos com queimaduras após um ônibus da linha intermunicipal Piabetá x Penha, da empresa Transportes Machado, ser incendiado na Rua José Maurício, próximo à estação de trem na Penha, Zona Norte do Rio, na manhã desta terça-feira. Eles foram atendidos no Hospital Estadual Getúlio Vargas, no mesmo bairro. Dois foram liberados e conduzidos algemados para a 22ª DP (Penha) em uma viatura do Batalhão de Choque da Polícia Militar. O terceiro segue em atendimento médico.

Em nota, a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) repudiou o ataque. "É mais um veículo com ar-condicionado que ficará fora de circulação por ações criminosas, que já destruíram 185 ônibus em todo o Estado, desde 2016. Desses, 42% eram climatizados", diz um trecho da nota.

Ainda não há a confirmação de que o ataque tenha sido promovido em represália à operação da PM no Complexo da Penha. Desde o fim da madrugada, uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas após serem baleadas. Uma delas, Yago Barreto, de 19 anos, está sob custódia porque é foragido do sistema prisional. Além disso, 800 quilos de entorpecendes foram apreendidos.

Confira a nota da Fetranspor na íntegra:

A Fetranspor repudia o segundo ataque criminoso a ônibus em menos de uma semana na Zona Norte do Rio. Desta vez, um ônibus da Transportes Machado, que fazia a linha Piabetá x Penha, foi incendiado nesta manhã (19), na Rua José Maurício, próximo à estação de trem na Penha.

É mais um veículo com ar-condicionado que ficará fora de circulação por ações criminosas, que já destruíram 185 ônibus em todo o Estado, desde 2016. Desses, 42% eram climatizados.

Desde 2016, 185 ônibus foram atacados de forma criminosa em território fluminense. Apenas seis foram recuperados. O custo de reposição é de R$ 80,5 milhões. A população é a mais prejudicada com a redução da oferta de transportes. Um ônibus incendiado deixa de transportar cerca de 70 mil passageiros em seis meses, tempo necessário para a reposição de um veículo no sistema. Se somarmos a frota incendiada desde 2016 (185), potencialmente, deixaram de ser transportados mais de 10 milhões de passageiros nesses veículos.

É importante lembrar que a inexistência de seguro para este tipo de sinistro e a crise econômica do setor, que tem feito as empresas perderem gradativamente a capacidade de investimento em renovação da frota, tornam inviável a reposição de ônibus incendiados.