Rio - Familiares, amigos e simpatizantes do vereador Wendel Coelho (Avante), de 26 anos, se reuniram na Câmara Municipal de Japeri para velar o corpo do político, assassinado na madrugada deste domingo. Inconformado com a perda do filho, Daniel Coelho, pai do parlamentar, cobrou explicações do governador Wilson Witzel (PSC). "A Baixada está abandonada. A Zona Sul do Rio tem policiamento, menos a Baixada, que está entregue", reclama.
No momento do crime, Wendel estava de carro com um irmão, quando foi alvo de tiros disparados por um bandido de moto na Praça Olavo Bilac, no bairro de Engenheiro Pedreira. "Quanto tempo vou ter uma resposta de quem matou o meu filho? Com a Marielle (Franco) foi um ano e meu filho: vão ser três, quatro anos?", Daniel cobra, comparando ao caso da execução da vereadora do Psol, Marielle Franco, há pouco mais de um ano.
Já a mãe do vereador mal conseguia ficar em pé no velório do filho. Ela estava a todo o momento amparado por médicos. Inclusive uma ambulância foi colocada a postos para prestar socorro a ela.
Políticos alvos na Baixada
Levantamento do DIA mostra que somente neste ano, quatro políticos foram alvos de atentados na Baixada Fluminense - dois deles prefeitos. Após as eleições de outubro, já foram sete casos. De 2018 para cá, sete políticos morreram.
No ataque que sofreu, Wendel foi morto com um tiro no peito. "Meu filho fez uma carreira política linda e agora é morto desse jeito", reclama o pai do parlamentar, que foi eleito para o seu primeiro mandato com 729 votos.
Reclamando bastante do governo do estado, Daniel avisa que a família pensa em processar o estado pela morte do filho.