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Cana e multa pra políticos

Picciani, Melo e Albertassi rodam por corrupção

Em pouco mais de cinco horas de julgamento, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) condenou ontem, por unanimidade, os ex-deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do MDB. Picciani, que figurava como o maior cacique do partido, pegou a maior pena: 21 anos por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Melo e Albertassi foram punidores com 12 anos e cinco meses e 13 anos e quatro meses, respectivamente, mas foram absolvidos da acusação de lavagem de dinheiro. Eles foram presos em novembro de 2017, na operação Cadeia Velha, acusados de integrar esquema de propina na Assembleia Legislativa (Alerj) para favorecer a Fetranspor e a Odebrecht.

Também ontem, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, condenou outros 11 acusados de envolvimento com os ex-parlamentares na operação Cadeia Velha. Entre eles Jacob Barata, o Rei dos Ônibus, sentenciado a 12 anos de prisão por corrupção ativa, e Felipe Picciani, filho de Jorge Picciani, a 17 anos e 10 meses, por lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Na decisão dos desembargadores, o ex-deputados também vão ficar inelegíveis por oito anos, não podem ocupar cargos públicos e serão obrigados a pagar multas. Picciani foi ainda multado em mais de R$ 11 milhões, Melo, R$ 7 milhões, e Albertassi, R$ 6 milhões.