O Vasco no campo de ataque o Bangu fechadinho em sua defesa. Resumidamente, foi assim que as duas equipes se comportaram durante boa parte do primeiro tempo. Se não fosse a noite inspirada do goleiro Jefferson Paulino, que foi brilhante ao evitar os gols de Bruno César — duas vezes — e de Danilo Barcelos, o time de São Januário teria construído uma vantagem confortável antes do intervalo.
Forte na marcação, na troca de passes e com velocidade, os comandados do técnico Alberto Valentim demonstraram mais concentração do que nos compromissos recentes, quando o time chegou a ser vaiado pelos torcedores.
No entanto, a intensidade deixou espaços para as respostas rápidas da equipe da Zona Oeste. Talvez por afobação, o Bangu desperdiçou pelo menos dois bons contra-ataques bem desenhados e que certamente causariam problemas para o goleiro Fernando Miguel.
Pressão total
Determinado a não dar mole para o azar, o Vasco voltou com mais gás ainda para a etapa complementar. Sem conseguir sair, o Bangu se desdobrou na marcação como deu. Aos 11, Rossi cruzou da direita e Tiago Reis, muito bem colocado e com uma cabeçada estilosa, abriu o placar no Maracanã: 1 a 0. Que fase do garoto!
Após a vantagem, o Vasco diminuiu um pouco a intensidade. O Bangu, que não é bobo, saiu mais e empatou o jogo, com Anderson Lessa. A arbitragem, porém, invalidou a jogada após análise do Árbitro de Vídeo, que, apesar da demora, estava correto.
Nos minutos finais, recuado demais, o time de São Januário foi pressionado pelo Bangu, usando e abusando das duas laterais. A defesa cruzmaltina, apesar do sufoco desnecessário, se manteve firme e segurou a classificação para a explosão de alegria da torcida vascaína, que voltou para casa bem feliz.