Um homem está preso desde 23 de novembro por supostamente ter caído em golpe ao chamar um carro de aplicativo para dois estranhos que pediram ajuda. Segundo a família do pedreiro Vitor Martins da Cunha, os dois usaram a artimanha para roubar o motorista e não serem identificados. Como autor do pedido da corrida, ele foi o único preso e permanece no Presídio Thiago Teles, em São Gonçalo.
Vitor estava no portão da casa do tio, em Campo Grande, na Zona Oeste, quando foi abordado pelos homens, que se diziam perdidos e pediram que ele chamasse um carro para eles. Vitor foi preso na manhã seguinte, acusado de participação no roubo contra o motorista do aplicativo. Os dois ladrões não foram identificados.
Para a filha de 9 anos, a esposa do pedreiro disse que o pai viajou a trabalho. "Se para a gente já é difícil lidar com isso, imagina para uma criança", disse a professora Caroline Sobrinho Souto.
Imagens de câmeras de segurança foram recolhidas para mostrar que os suspeitos chegaram sozinhos à rua em que Vitor estava. "Não acredito que um cara que ralava no sol como ele iria se envolver com crime", lamentou Jorge Silva, patrão de Vitor, que coordenava uma obra em Inhoaíba.
A defesa entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça (TJ), no dia 5 de novembro. "Agora é preciso esperar a decisão dos desembargadores", disse o TJ em Nota. Até o fechamento desta edição, Polícia Civil e o Ministério Pùblico não retornaram os contatos feitos pela reportagem.