Polícia acha cafofo e prende estuprador

Discreto, comunicativo e organizado. Essas são as principais características apontadas no currículo de Ricardo Ferreira Rabello, o homem acusado de sequestrar e estuprar uma menina de 9 anos, na na noite de domingo, na Praça do Galo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele foi preso pela Polícia Civil na noite de quinta-feira, na Rua André Guardene, no bairro São Bento, no mesmo município.

O currículo foi encontrado pelos agentes da 60ª DP (Campos Elíseos) na casa do acusado, onde ele teria abusado da menina. Os policiais apreenderam ainda ursos de pelúcia e uma cortina com imagens da personagem infantil Moranguinho, além de remédios.

De acordo com o delegado Uriel Alcântara Machado, titular da 60ª DP (Campos Elíseos), o acusado confessou o crime ao ser interrogado. Ainda segundo o delegado, Ricardo Ferreira Rabello irá responder por cárcere qualificado e estupro de vulnerável.

O delegado contou que a colaboração dos parentes da menina foi importante no curso das investigações. "A família estava disposta a ajudar e ajudou muito. Graças a Deus conseguimos chegar ao suspeito e efetuar sua prisão", destacou. O delegado disse ainda que a polícia vai continuar a investigar o acusado por outros crimes.

Segundo Machado, o suspeito é investigado em outro inquérito policial que também apura crime de estupro de vulnerável. A vítima é uma criança que mora no município de Itaguaí, também na Baixada. Ontem Ricardo foi transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste

Polícia refez trajeto percorrido pelo criminoso

Após a análise de mais de 25 imagens de câmeras de segurança, a polícia conseguiu refazer o trajeto feito pelo criminoso do local do rapto da menina, na Praça do Galo, no Parque Fluminense, até a casa onde ela foi mantida refém por cerca de 17 horas. Nas imagens, ele aparece levando a menina na garupa de uma bicicleta. Para convencer a menina a acompanhá-lo, ele disse que daria a ela um urso, "comportamento característico de pedófilo", segundo a polícia.

A menina conseguir descrever em detalhes a casa onde foi mantida refém. "Fui seguindo as pistas que ela deu. Ela falou do portão da casinha para onde foi levada. Quando chegamos lá, identifiquei a cortina que tinha o desenho da Moranguinho. Ele saiu de casa falando que não tinha feito nada com ela, alegando que não era ele. A polícia veio e prendeu", disse uma tia da criança.

Enquanto estava em poder do estuprador, a menina viu na televisão a reportagem sobre seu desaparecimento e começou a chorar. Com a repercussão do caso, o criminoso decidiu deixá-la próximo à Rodovia Washington Luiz.

Divulgação ajudou a encontrar o suspeito

A menina viu na televisão a mãe com a reportagem que ela estava desaparecida e começou a chorar. Após ver a repercussão do caso e temendo ser descoberto, o homem decidiu deixá-la próximo da Rodovia Washington Luiz, mesmo à luz do dia, onde ela foi encontrada por um homem que acionou a PM.

Embora não tenha havido penetração sexual, conforme comprovou o laudo de exame de corpo delito, a investigação aponta que o homem praticou diversos outros atos libidinosos contra a menina, caracterizando crime de estupro de vulnerável.

De acordo com a investigação, o criminoso convenceu a menina a ir para sua casa dizendo que lhe daria um urso, "comportamento característico de pedófilo", segundo a polícia. Ela foi levada na garupa de sua bicicleta até aonde ele morava, no bairro São Bento, a cerca de meia hora de bicicleta do local do estupro.