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Travesti é presa em flagrante após manter jovem em seu poder durante encontro

Priscila atraía suas vítimas através de aplicativos de relacionamento, onde dizia ser mulher

Wilker William Cardozo da Silva, a Priscila, se identificava como uma mulher nos aplicativos de relacionamento
Wilker William Cardozo da Silva, a Priscila, se identificava como uma mulher nos aplicativos de relacionamento -
Policiais da 12ª DP (Copacabana) prenderam em flagrante, nesta quinta-feira, uma travesti de 20 anos que praticava sequestro-relâmpago, utilizando aplicativos de relacionamento para atrair suas vítimas no bairro da Zona Sul do Rio. Wilker William Cardozo da Silva, se apresentava como Priscila nas conversas virtuais com suas futuras vítimas.
De acordo com a delegada Valéria Aragão, titular da 12ª DP, Priscila foi presa ontem de manhã logo após manter um jovem de 24 anos em seu poder por cerca três horas na noite de quarta-feira. Ele só foi solto após a mãe transferi R$ 2,1 mil para a conta dela. A vítima foi até a delegacia para denunciar o crime.
Durante uma rápida investigação, os policiais descobriram que Priscila marcava um encontro com suas vítimas, sempre homens jovens, em diferentes apartamentos de Copacabana. Até então, ela não dizia ser uma travesti.
"Quando as vítimas chegam no imóvel, elas verificam que na verdade Priscila é um travesti. Eles começam a fazer um encontro e depois descobriam que na verdade se tratava de um programa, porque ela os ameaça, pedido dinheiro. Eles eram obrigadas a dar todo o dinheiro que tinham, a deixar o telefone ou a entrar em contato com seus familiares para fazerem transferências bancárias", conta a delegada.
AMEAÇA DE FACA
Ainda segundo Aragão, Priscila ameaçava suas vítimas com uma faca bastante serrilhada, que poderia causar a morte delas. Ela agia desde 2017, confiando que não seria denunciada, ficando em liberdade e impune.
"A Internet não é uma terra sem lei. Os crimes continuam sendo praticados ali e podem sim ser investigados. É preciso apenas que as vítimas denunciem para que a Polícia Civil faça um trabalho de inteligência e alcance, identifique e prenda esses criminosos", pede Aragão.
Na 12ª DP, Priscila disse ser acompanhante. Lá, ela foi autuada por roubo qualificado, pelo emprego de arma branca e pela restrição da liberdade do jovem. Ela já tinha uma passagem pela polícia, pelo mesmo crime praticado em 2017, contra um estrangeiro.
"É preciso alertar à sociedade sobre os perigos existentes em aplicativos, sobretudo aplicativos de relacionamentos. Criminosos muitas vezes se escondem sobre falsas identidades e conseguem atrair suas vítimas que vêm a ser roubadas ou até mesmo vítimas de crimes contra a dignidade sexual", alerta a delegada.