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Famílias de crianças desaparecidas em Belford Roxo pedem mais informação sobre a investigação

Segundo a Defensoria Pública, é preciso ter mais consistência dos indícios colhidos pela Polícia Civil até o momento

Familiares das crianças desaparecidas em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, na Delegacia de Homicídios (DHBF)
Familiares das crianças desaparecidas em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, na Delegacia de Homicídios (DHBF) -
Rio - Familiares dos meninos desaparecidos em Belford Roxo acreditam que as investigações do caso ainda não foram concluídas e receberam a declaração da Polícia Civil sobre o que teria ocorrido com cautela. A Defensoria Pública do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos, que acompanha o caso desde o início, compartilha da mesma opinião. Ao DIA, a defensora pública Gislaine Kepe informou que "enquanto não houver consistência dos indícios colhidos pela polícia nem a identificação, seja por assassinado ou desaparecimento, a Defensoria e as famílias não entendem que esse caso tenha chegado ao fim".
Lucas Matheus, 9 anos, Alexandre Silva, 11, e Fernando Henrique,12 - Reprodução
Lucas Matheus, 9 anos, Alexandre Silva, 11, e Fernando Henrique,12Reprodução
Na última quinta-feira (9), o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski, confirmou que o traficante Wilter Castro da Silva, o "Stala", foi morto por ordem de Wilton Quintanilha, o "Abelha", e o motivo seria uma "queima de arquivo" pelas mortes de Lucas Matheus, 9 anos, Alexandre Silva, 11, e Fernando Henrique,12.
A principal linha de investigação aponta que os meninos teriam sido mortos depois de pegar um passarinho de uma gaiola, e que não seria a primeira vez. Drogado, "Stala" teria autorizado uma sessão de espancamento nas crianças e elas não teriam resistido. O secretário informou ainda que o inquérito está prestes a ser concluído.
"Abelha" é chefe do conselho do Comando Vermelho e teria dado a autorização para a morte do traficante. Já "Stala" era gerente do tráfico do morro do Castellar, onde ocorreu o crime.
*Estagiária sob supervisão de Mário Boechat
Familiares das crianças desaparecidas em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, na Delegacia de Homicídios (DHBF) Luciano Belford/Agencia O Dia
Lucas Matheus, 9 anos, Alexandre Silva, 11, e Fernando Henrique,12 Reprodução