Turismo � mais que voca��o, � solu��o!

Tema deve ser defendido como atividade econ�mica para gerar mais empregos e produzir riquezas

Por Marcelo Crivella Filho Consultor do Instituto Latino-Americano das Na��es Unidas

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Um dos setores que mais cresce no Brasil, al�m de estar entre os principais geradores de empregos e representar cerca de 10% do Produto Interno Bruto Nacional, o turismo n�o pode mais ser visto como uma voca��o da cidade do Rio - mas ser tratado como solu��o para boa parte dos nossos problemas. Para se ter uma ideia da gama de possibilidades, basta dar uma olhada nos n�meros: em 2016, o setor de turismo contribuiu em US$ 6,5 bilh�es para o PIB do Rio de Janeiro. O montante representa 4,9% da economia da cidade e 11,5% do segmento no Brasil.

Mas ainda h� muito o que crescer. Dos mais de 1,2 bilh�o de turistas que viajam pelo mundo, apenas 0,5% (6,5 milh�es) chega ao Brasil. Segundo o F�rum Econ�mico Mundial, o nosso pa�s tem o maior potencial natural entre 140 pa�ses e o oitavo potencial cultural do planeta. Mas somos o 137� pior ambiente de neg�cios para desenvolver o turismo. As causas s�o muitas, mas algumas podem ser facilmente resolvidas.

A divulga��o � uma delas. Enquanto pa�ses vizinhos gastam cada vez mais em promo��o internacional, o Brasil atua na contram�o dessa hist�ria. A Argentina investiu no ano passado cerca de US$ 80 milh�es; a Col�mbia, US$ 100 milh�es, e o Peru, US$ 25 milh�es. Todos eles apresentam fluxos tur�sticos internacionais s�lidos e crescentes. N�s, por sua vez, n�o chegamos � marca de US$ 10 milh�es em 2017.

O turismo precisa entrar na pauta de discuss�o dos governos brasileiros. Deve ser defendido como atividade econ�mica, para gerar mais empregos e produzir riquezas. E o Rio de Janeiro, como cidade mais visitada do Brasil e porta de entrada dos estrangeiros que visitam o nosso pa�s, deve liderar esse movimento.

O trabalho j� come�ou. Com o calend�rio "de janeiro a janeiro", criado pela Prefeitura do Rio, a expectativa � de que o fluxo de turismo na cidade cres�a 20% em 2018, gerando R$ 6,1 bilh�es e 170 mil empregos. Ser�o mais de cem eventos estrat�gicos nas �reas de cultura, esporte, turismo e neg�cios.

E por falar em esportes, vem dessa tem�tica boa parte dos eventos j� confirmados nos pr�ximos meses. Por conta das bem-sucedidas experi�ncias com a Copa e a Olimp�ada, o Rio vai receber mais de 20 grandes competi��es de diversas modalidades, sendo 12 in�ditas na cidade e at� mesmo na Am�rica Latina.

Na ponta do l�pis, isso trar� um impacto econ�mico de mais de R$ 4,6 bilh�es apenas em 2018, caso a gente consiga atrair 15% a mais de turistas. Segundo a Funda��o Getulio Vargas (FGV), s� em arrecada��o de tributos para a prefeitura, a estimativa � de que entrem R$ 200 milh�es extras. Quanto a empregos, a expectativa � de 74.560 novos postos de trabalho.

� poss�vel superar a crise usando apenas o que temos de sobra: beleza, natureza abundante e um povo alegre e hospitaleiro. Mas para que isso traga o resultado que esperamos, � preciso investir em infraestrutura, seguran�a e planejar eventos. A nossa sa�da � tornar mais eficiente e atrativa a porta de entrada para o turismo. Nossa solu��o vem de fora. Chega pelos aeroportos, rodovi�rias e estradas. Mas precisamos arrumar a casa para receb�-los. Est� ai o nosso desafio!

Galeria de Fotos

15/08/2017. Entrevista na sede do Jornal O Dia com o psic�logo Marcelo Rhode Crivella 32 anos. Marcelo Rhode � filho do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Foto - M�rcio Mercante / Ag�ncia O Dia M�rcio Mercante / Ag�ncia O Dia

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