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Ações tornam o dia mais alegre para crianças EM favelas

Comunidades tiveram uma programação especial durante o Mês das Crianças

Dia das Crianças
Dia das Crianças -

Paralisação das aulas, aumento da fome e constantes operações policiais. Situações como essas se intensificaram na rotina de crianças de favelas e de periferias do Rio durante a pandemia. Com um ano e meio vivendo junto com suas famílias os desafios impostos pela Covid-19, meninos e meninas de diversas comunidades tiveram uma programação especial durante o Mês das Crianças. A coluna do PerifaConnection conferiu o que rolou em ações feitas por coletivos e lideranças comunitárias para os menores das quebradas.

Na Vila Operária, em Duque de Caxias, uma festa para as crianças foi realizada com doações de moradores e comerciantes locais, como a Thuane Nascimento, diretora do PerifaConnection, e Leonardo Rodrigues, mototáxi e organizador da festividade. "Essa é uma forma de agradecer e de retribuir os moradores que garantem a renda dos comerciantes por meio do consumo de produtos e de serviços", afirma Leonardo.

Próximo dali, outras duas comemorações foram realizadas com turmas do Movimento de Educação Popular Nós: Uma no Morro do Sapo, em parceria com a Igreja Projeto Além do Nosso Olhar (IPANO), e a outra no Pantanal, no espaço Emilly e Rebecca. Presente em ambas, Wesley Teixeira, educador, ainda conseguiu tempo para ir em outra ação das crianças na ChypherKids, em São João de Meriti. "Infelizmente vemos um Estado que não tem garantido o futuro das nossas crianças. Queremos que elas sejam atletas, advogadas... Elas são a potência do nosso país", observa.

A Cidade de Deus não ficou de fora dessa corrente do bem. Mais de mil crianças receberam brinquedos e participaram de atividades recreativas. "A gente sabe que muitas delas estão em situação de extrema vulnerabilidade e insegurança alimentar. A criação de um evento como esse reenergiza a comunidade e transforma de alguma forma aquelas realidades", avalia Salvino Oliveira, secretário de Juventude do Rio.

Amarelinha, pique e corridas foram algumas das atividades realizadas pelo Coletivo Papo Reto na comunidade da Matinha, no Complexo do Alemão. Por lá, as regiões da Fazendinha e da Alvorada também foram palco de ações, realizadas pelas associações de moradores, voltadas para as crianças, com pula-pula, escorrega, cama elástica e distribuição de brinquedos. Raull Santiago, integrante do Papo Reto, diz que "o foco foi tentar tornar ao menos um dia alegre para a molecada da favela".

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