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Dona Adélia é sócia-fundadora da Censotraco - Atividade da Arte do Dançar e da Cultura

Maria Adélia Ferreira - Coluna PerifaConnection
Maria Adélia Ferreira - Coluna PerifaConnection -
A trajetória de Maria Adélia Ferreira pode ser contada de diversas formas. Nascida em Botafogo, no ano de 1952, ela perdeu o pai aos 3 anos de idade. Vivendo com três irmãos e sem dinheiro, a mãe de Adélia precisou deixá-la, aos 8 anos, no Orfanato Santo Antônio, em Niterói. Nove anos depois, concluiu o ensino médio, na Escola Sesi - São Gonçalo, direito conquistado por meio do trabalho de sua mãe em uma fábrica de enlatados.
Mais tarde, em 1968, Adélia prestou vestibular para Pedagogia, na Sociedade Madeira de Ley. Nesta época não existia a política de cotas para negros, mas os estudos sempre estiveram presente em sua vida. “Ensinei a minha mãe a ler e a escrever. Vivi uma educação na ditadura militar. Nada apaga a multiplicação de saberes”, afirma.
Já formada na universidade, a pedagoga começou a trabalhar no Instituto de Filosofia da UFRJ. Depois da aposentadoria, dona Adélia se tornou voluntária de ONGs e projetos sociais. Em agosto de 1998, a ativista passou a ser sócia-fundadora da Censotraco - Atividade da Arte do Dançar e da Cultura. Com 180 famílias beneficiadas, o foco da iniciativa é elevar a autoestima de meninas negras por meio dos esportes. Em uma parceria com a ONU e a Empodera, já foram atendidas 74 alunas com a participação das mães, todas moradoras de Rio das Pedras, Zona Oeste da cidade. Saiba mais em: @balletcensotraco.
Por Beatriz Carvalho, jornalista e colaboradora do PerifaConnection

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