Mais Lidas

Protagonista em ‘Alemão 2’, Digão Ribeiro supera preconceitos e ressalta: 'Sonhar é o combustível mais puro’

Cria da Cidade de Deus, relembra origem e fala sobre novos trabalhos e contrato com a Globo

Digão Ribeiro na pré-estreia de Alemão 2
Digão Ribeiro na pré-estreia de Alemão 2 -
Homem preto, favelado e gay. Mesmo diante de todas as adversidades impostas pelo preconceito enraizado no Brasil, Diego Ribeiro dos Santos venceu. Nascido e criado na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio, e fruto da escola pública, Digão Ribeiro, como é conhecido no meio artístico, vem trilhando um caminho de sucesso, que o levou a ser um dos protagonistas do filme Alemão 2, que estreou nos cinemas na última quinta-feira. Com participações em grandes produções da Netflix e da Amazon, o ator de 27 anos é o mais novo contratado da Globo, e já se prepara para novos desafios.
"Minha avó se mudou da Rocinha pra Cidade de Deus com a minha mãe criança ainda. Com 22 anos eu comecei a me dividir entre morar na CDD e na Taquara, porque minha mãe teve crise de ansiedade com a violência que existia lá", contou.
Com muito carinho, Digão falou sobre a importância que a família teve em sua criação na favela.
"Eu fui uma criança muito protegida. Sou de uma família majoritariamente feminina e sinto que essa proteção delas foi muito para me poupar de todo o entorno. Até o momento que elas estavam no controle, eu estudei na Cidade de Deus", comentou, explicando que ao começar a crescer, sua mãe pediu para que ele continuasse os estudos fora da comunidade.
"Quando eu fui para 5ª série minha mãe pediu de todo jeito pra eu entender que ela não queria que eu continuasse meus estudos na CDD. Ela queria me fazer entender essa possibilidade de sair dali. Porque existe a ideia de que as pessoas da comunidade tem que ficar lá. Como se ali fosse o nosso território e a gente não pudesse expandir os nossos horizontes."
Por isso, Digão Ribeiro continuou seus estudos fora da favela, mas ainda em instituições públicas, passando por uma escola de excelência no bairro do Tanque, até chegar ao Colégio Estadual José Leite Lopes - NAVE, na Tijuca, onde sua vontade por fazer arte começou a ser estimulada.
"É um colégio que trabalha com roteiros para novas mídias, programação de games e cursos técnicos também. Foi onde eu comecei a respirar um pouco desse audiovisual. Eu ficava de 7h às 19h fora de casa. Em determinado momento da minha vida eu continuei morando na Cidade de Deus, mas eu não vivia mais naquele entorno. Eu ia pra casa só pra dormir. Com isso eu fui conhecendo outras realidades de fora. Cheguei a conhecer a violência, porque a gente fica exposto e vê pessoas armadas andando pra cima e pra baixo. Muitos amigos se perderam, se envolveram com o tráfico, mas eu mesmo consegui ser poupado, graças a minha família", ressaltou.
Digão Ribeiro é ator, professor de teatro e diretor - Divulgação / Yngrid Martins
Sobre a vivência na Cidade de Deus, o artista deu sua opinião sobre o que o local mais carece.
"Antes de tudo escuta. Porque as pessoas não tem voz pra dizer o que é bom pra elas ou não. O que elas precisam. Aí elas ficam a mercê do que é oferecido, sabe? O que é jogado pra elas. A escuta é a primeira coisa, porque a gente só consegue sanar o problema quando a gente escuta o problema de quem tá passando por ele. Se é saneamento básico, direito ao lazer. Se é o direito de ir e vir, o direito de uma segurança pública que realmente cuide da nossa integridade física e mental. Tudo isso está englobado, mas o que é mais urgente, só eles podem dizer", analisou ele, que hoje mora no bairro Gardênia Azul.
O ator deu detalhes sobre os impactos que crescer na favela trouxe para o modo como ele faz arte.
"Me ajudou na perspectiva real da vida. Eu tive oportunidades e apoio familiar. Mas só que tudo isso envolto de muita garra e perseverança. De imagens de mulheres fortes que correram atrás e fizeram valer isso. Lembro que quando minha mãe quis me tirar da comunidade para poder estudar fora ela discutiu com a professora. Na época o sistema de transferência era o Matrícula Fácil, então automaticamente você era transferido para as escolas próximas. Quando minha mãe falou que queria me transferir pra uma escola no Tanque, a professora falou: 'Por que? Já tem tudo aqui. Ele vai ter que pegar ônibus.' E virou uma discussão. Minha mãe e minha tia tiveram que dormir na porta da escola pra conseguir minha matrícula. Ali eu fui entender que algumas coisas não eram permitidas pra nós", disse ele, que correu atrás das melhores opções para expandir seu conhecimento.
"Sempre fui muito cultural, fiz muitos cursos, participei muito das coisas na CUFA, fiz curso de grafite, de moda. Então os sonhos sempre foram instigados ali de alguma forma. Realmente existem muitas ONGs, muitas pessoas que tentam de alguma forma fomentar a cultura e as novas expectativas dentro da comunidade. Mas furar essa bolha pra sair dali é um processo muito grande, que eu precisei muito do apoio da minha família, principalmente da minha mãe."
Após começar a ter contato com a arte ainda no colégio, Digão Ribeiro quis dar sequência a sua paixão, e foi se descobrindo a cada experiência.
"O interesse por fazer arte foi se transmutando. Quando me foi permitido isso, comecei a realizar narrativas que talvez estivessem guardadas em mim num bauzinho e acessar esse baú me fez virar a chave e pensar: 'olha que possibilidade legal'. Mesmo começando por trás das câmeras, porque a gente estava entendendo muito mais o processo de audiovisual, de criação de roteiro, pra poder entrar direto no mercado de trabalho.
Depois de sair do NAVE, Digão ganhou uma bolsa para cursar produção audiovisual na Estácio. Diante da rotina corrida, para continuar mantendo contato com os amigos do ensino médio, ele acabou indo parar no Observatório de Favelas, na Maré, e depois recebeu um convite.
"Uma amiga minha achou um curso de teatro no Sesc Madureira que era um projeto social também. Minha primeira professora de teatro foi a Daniele Zamorano, incrível ela. Aí ela falou: 'Você quer fazer?' Eu disse: 'Sempre quis, mas vai ser uma loucura.' Eu estava com 18 anos. No primeiro dia de curso a minha professora assistiu uma apresentação na qual a gente foi super empolgado. E quando ela assistiu, falou: 'Eu tô vendo uma estrela na minha frente. Você respira teatro.' Ela chorou falando isso. Eu lembro que vi ela falando e foi muito mágico, porque eu me senti realmente contemplado e feliz. E dali eu mudei de curso na faculdade na hora", disse ele, que teve o apoio dos pais na decisão e foi fazer teatro.
"Meu pai permitiu que eu trocasse. Comecei a fazer licenciatura em teatro na Estácio e um mês depois eu fiz prova para a Martins Pena, que é a escola de teatro mais antiga da América Latina, e eu nem tinha noção do que era. Passei em segundo lugar, isso porque eu fiquei empatado com o primeiro, mas ele tinha uma dicção mais clara que a minha. E quando eu passei eu falei: É isso que eu quero fazer pra minha vida. O Teatro foi uma base muito importante, porque o cinema, o audiovisual parece ser uma coisa meio inalcançável, é um meio muito fechado. E o teatro, bem ou mal, ajudou a gente a começar a fazer o que a gente queria, que era interpretar, contar histórias."
Digão Ribeiro - Divulgação
Digão Ribeiro contou que na Martins Pena, seu lado político se desenvolveu de maneira mais forte. O ator chegou a liderar uma ocupação contra o sucateamento do ensino público.
"Fui um dos líderes do movimento de lá. E como a Martins Pena faz parte da rede Faetec, então a gente era diretamente afetado. Lembro que a gente tinha acabado de voltar de uma manifestação e a nossa voz não estava tendo a potência que deveria ter. Aí eu sentei na mesa do Bar do Bigode, na 20 de abril, e falei: 'O que vocês acham da gente ocupar a escola?' Criou-se uma responsabilidade muito grande e logo depois disso eu comecei a amadurecer muito a minha cabeça. Ali surgiu o meu primeiro teste no audiovisual, que foi pra Praça Paris, da Lúcia Murat. Ela me viu coordenando a ocupação e gostou da minha imagem. Mandou o teste para Martins. Eu estava procurando, porque era meu último período lá. Porque é isso, né. Como você traz o retorno para sua família que investiu tanto? Aí fiz o teste e fiz meu primeiro filme."
Digão lembra também do momento mais difícil de sua vida, quando em pouco tempo, perdeu a mãe, por conta de um câncer de mama, e também a avó, suas grandes apoiadoras.
"Perdi minha mãe em 2019. Mas eu sempre pude contar muito com ela, meu pai e minha vó. Eles nunca hesitavam quando o assunto era o meu futuro. Minha vó, dona Joaquina, tinha um bar na cidade de Deus, era muito famosa lá. Quando minha mãe me teve ela morava com a minha avó. Meu pai ia sempre visitar a gente. Nunca tive essa imagem paterna ausente. Quando eu passei pro NAVE foi uma festa. Minha avó liberou refresco para todo mundo do bar, todos os vizinhos foram. Porque era isso. Eu fui a primeira pessoa dali a passar pra num concurso pra estudar, e depois a primeira a entrar numa faculdade. Tudo isso era muito comemorado por todos eles. Meu pai pagou minha faculdade pelo Fies depois que eu abri mão da bolsa. Então eu tive muito apoio. Eles foram muito importantes na minha formação."
Sobre os preconceitos enfrentados por ser um homem de favela, preto e gay, Digão relatou.
"A todo momento isso acontece. Em alguns momentos a gente não consegue ver isso explicitamente. No audiovisual eu sinto isso a todo o momento, até nos personagens que eu tenho que dar voz. São questões das quais eu não posso abrir mão nunca, tão na minha raiz. Já sofri preconceito no audiovisual, fui chamado de negão afeminado dentro de uma série gigantesca. Aí eu pensei: 'Meu Deus, isso tá aqui.' Mas aí quando eu percebo a possibilidade e a projeção que eu ganho quando eu furo essas bolhas, é quando eu tomo consciência de continuar falando e lutando contra isso. Me fazendo uma pessoa forte e deixando claro que sim, eu posso ser negro, gay e favelado, mas que eu vou continuar ocupando esse espaço, porque ele também é meu. Porque eu tô aqui e eu cheguei aqui de forma digna e muito ralada. Teve muita gente me apoiando então eu não posso titubear."
Além de atuar, Digão também é professor de teatro e diretor. O artista explicou a importância de ter uma bagagem tão vasta.
"Sou uma pessoa muito estratégica, acho importante porque a gente vive num campo de batalha. Nós somos alvos todos os dias. Então se a gente não souber onde os nossos passos vão levar ficamos à mercê do outro. Consegui uma base muito boa, porque eu tive a formação de ator, com todas as técnicas de uma escola de teatro que tem um currículo forte. Em paralelo, tinha a formação da Estácio, que revisitou toda a questão artística e me deu base pedagógica para poder ser professor. Então eu aprendi a fazer e aprendi a ensinar. Meu audiovisual começou picotado, e eu tive que trabalhar e sustentar a casa, porque minha mãe teve câncer de mama e eu precisava de dinheiro. Aí eu comecei a dar aula de teatro. E foi ótimo porque era uma ótima forma de me reciclar. Acho que isso foi um grande trunfo que a vida me permitiu ter."
Em 2019, logo após perder a mãe e avó em um espaço de dois anos e meio, Digão resolveu se jogar de cabeça em seu sonho, para recompensar todo o esforço de quem sempre o apoiou. O ator chegou a ir para Londres gravar um projeto independente intitulado Perdidão, que ainda não foi lançado por falta de apoio.
"O Perdidão é uma comédia, uma sitcom, que narra a história de um garoto que quer viver de arte. Só que ele não tem como, não sabe como e não tem o apoio familiar. Ele só tem o melhor amigo que mora com ele. E no meio dessa sonho ele é atravessado por um irmão mais novo, que o pai lançou no colo dele porque não sabe cuidar. E é muito bonito porque a gente, tentando contar essa história, visita um pouco da realidade de agora, do novo conceito de família. Das pessoas que você encontra ao longo da sua trajetória que te ajudam a evoluir de fato, que não precisam necessariamente ter laços sanguíneos. Acabou ficando um pouco engavetado, mas a gente retomou e só falta achar alguém que queira ajudar a contar essa história, que é uma loucura", explicou.
Quanto a levantar bandeiras através da arte, Digão Ribeiro explicou como costuma agir.
"Na minha arte eu tento mostrar muito do que as narrativas pedem. Tento ser muito coerente com o roteiro e com a história que a gente quer contar, com o que a obra quer trazer. Porque eu acho que as bandeiras que eu carrego já falam por si só. A bandeira de um homem negro no audiovisual eu levanto automaticamente toda vez que eu me permito fazer um trabalho. A bandeira de um homem negro e gay, eu levanto toda vez que eu me permito ter voz enquanto Digão. Eu me considero uma bandeira ambulante. Sem querer me vangloriar, porque acho que isso não é glória, na verdade pode ser muito mais uma maldição. Porque a gente pode morrer por conta dessas nossas bandeiras. Mas eu acho que no meu dia a dia eu já tento levantar essas bandeiras", explicou ele.
Sobre gerar debates construtivos através da arte, Digão citou o exemplo de Alemão 2, longa recém-lançado nos cinemas, que aborda as falhas das Unidade de Polícia Pacificadora, as UPPs.
"É um filme que fala sobre favela. Então além de ser um homem negro ali, com toda aquela narrativa e trazendo a perspectiva de um personagem marginalizado, que é o Soldado, eu tento trazer a possibilidade de humanizar ele. Isso para potencializar ao máximo a discussão sobre favela, sobre segurança pública na favela. Então acho que parte muito da obra, do que ela quer discutir e da minha coerência como artista que deu voz aquela obra."
Digão Ribeiro é o antagonista de Vladimir Brichta em "Alemão 2" - Divulgação
Com um currículo vasto, incluindo a série Dom, da Amazon, além do curta Ursinho e o premiado longa Praça Paris, Digão falou sobre a importância de interpretar um personagem de destaque em um grande filme nacional como Alemão 2, que tem em seu elenco Vladimir Brichta, Leandra Leal, Zezé Mota e Mariana Nunes e Gabriel Leone.
"É uma vitória muito grande. Minha, da minha mãe, da minha vó, do meu pai e das minhas tias. De todo mundo que apostou. Porque o audiovisual é uma bolha. A gente não sabe como surgem as oportunidades. Eu tentei entender que fiz valer de todas as oportunidades que eu tive antes dessa, pra que eu chegasse mais maduro. Poder trocar com o Vladimir Brichta e ele ser uma pessoa super aberta e sensível, me receber e apoiar no jogo de cena, é uma vitória muito grande. É a confirmação de que a gente tá no caminho certo", disse ele, que lembrou como recebeu o convite.
"O Belmonte (diretor) já conhecia o meu trabalho e solicitou o teste. Eu lembro que fiz o teste muito atravessado, porque eu tinha acabado de perder a minha mãe e não tinha passado num teste pra Netflix, numa série que eu ia ficar quatro meses em São Paulo, que era uma oportunidade de recomeçar e tentar me desprender dessa dor de perder a mãe. Aí eu falei vamos ver isso aqui. E quando chegou o teste eu não sabia que o Soldado era o protagonista da narrativa junto com o Vladimir. Aí eu falei assim: 'Mais um bandido. Mas vamos lá, preciso de dinheiro, minha mãe morreu e eu estou desempregado.' E aí eu lembro que eu subi no terraço das minhas primas, no Gardênia Azul, em favela também, e aí eu fiz vídeo mostrando a nossa realidade. Aí fiz o teste e de primeira passei. Só quando eu fui ler o roteiro e falei: Eita. Então ele é um dos protagonistas. Vai ter uma importância fazer esse trabalho aqui."
Digão também falou um pouco sobre Soldado, seu personagem no filme.
"Ele é um personagem marginalizado, que assume o comando depois que o Playboy deixa o morro, na continuidade do filme um, que é o único link com o primeiro filme, além da UPP. E ele tem um conflito com o Machado, personagem do Vladimir, que sente que tem uma dívida de vingança. Ao longo da história a gente encontra um arco que vai humanizando o personagem. Que a gente percebe que é essa discussão de guerra às drogas e segurança pública, que é muito mais complexa do que a gente percebe. As pessoas que estão em torno disso são muito mais humanas do que a gente enxerga. E tudo isso vai desenrolando e no final a gente consegue esquecer que ele é o Soldado e focar no nome de batismo, que é Gustavo."
Digão Ribeiro é Soldado em "Alemão 2" - Divulgação
O ator também deu detalhes sobre a sua preparação para viver o personagem.
"A gente teve um processo de muita escuta. Porque a gente tava voltando num segundo filme, pra falar sobre um projeto falido. Então nosso roteiro tinha que condizer com a realidade das pessoas. Teve palestra com polícias, sociólogos da Maré, ex-presidiários e com pessoas da segurança pública. Tudo pra entender como esse projeto se deu. Teve a preparação física também, muitos ensaios com dublês."
Digão Ribeiro também analisou a importância de um filme que retrata a realidade de tantas favelas do Rio.
"Acho que é uma das grandes oportunidades de dar voz. Acho que filmes como esse acontecem a todo momento. Mas filmes que conseguem trazer um debate equilibrado, e que ambos os lados possam sentar, assistir e pensar junto, são pouquíssimos mesmo. Porque eu sou uma pessoa de comunidade, eu vim de lá. É uma realidade que não podia deixar de lembrar no momento em que eu ganhasse voz e projeção."
Com uma carreira em ascensão, Digão falou sobre a importância de sonhar alto, e abriu o coração sobre o que ele deseja fazer.
"Fazer um filme da Marvel! Sonhar é o combustível mais puro pra movimentar um ser humano. E dada essas realizações de agora, eu tenho me permitido sonhar alto. Porque eu acho que é isso. Os seus sonhos te movimentam. Quanto maior o seu sonho, não é porque maior será a sua frustração, maior pode ser a sua realização. E hoje em dia eu penso: Por que eu não posso fazer um filme da Marvel? Por que eu não posso contar uma história de nível global? Fazer uma participação em Pantera Negra 3, sei lá! Pensar num super herói brasileiro pra contar uma história que não existe ainda. Tudo pra pensar na possibilidade de alcançar narrativas de uma projeção maior. Quando falo Marvel eu consigo me desafiar também na obrigação de continuar estudando, fazer inglês de ter que pensar numa carreira internacional e me orientar num lugar que eu tinha tanto medo, e que num primeiro momento não parecia possível. Algo que me instiga muito mais do que pensar só nas coisas que estão aqui no meu olhar, no meu alcance agora."

Por fim, o ator falou sobre seus próximos projetos, o que inclui a realização do sonho de chegar na Globo.
"Eu vou estrear uma série de animação que eu dublei para a Netflix. Que tá no imaginário de todo mundo, no consciente coletivo. Que é muito brasileira e foi muito especial participar, porque é uma dublagem original, e eu dei voz a esse personagem, e que é importante na narrativa. Isso foi muito especial. Eu tô na segunda temporada de Irmandade, na Netflix. Mas a maior de todas é que eu tô na Globo. Eu sou global! Vou poder fazer um personagem a nível global, pro Brasil todo, que é muito diferente de tudo que eu venho fazendo. É um personagem com uma narrativa preta muito sonhadora, muito bonita de projeção e esperança pros nossos. Muito diferente de tudo que eu fiz no audiovisual. Outras coisas são Desapega!, que é um filme que eu fiz com a Glória Pires, Maísa e Marcos Pasquim também. Mas essa foi uma participação", finalizou.
Digão Ribeiro na pré-estreia de Alemão 2 Divulgação
Digão Ribeiro é ator, professor de teatro e diretor Divulgação / Yngrid Martins
Digão Ribeiro é cria da Cidade de Deus Divulgação / Yngrid Martins
Digão Ribeiro Divulgação
Digão Ribeiro Divulgação
Digão Ribeiro Divulgação
Digão Ribeiro Divulgação
Digão Ribeiro Divulgação
Digão Ribeiro como Soldado em "Alemão 2" Divulgação
Digão Ribeiro como Soldado em "Alemão 2" Divulgação
Digão Ribeiro é Soldado em "Alemão 2" Divulgação
Digão Ribeiro é o antagonista de Vladimir Brichta em "Alemão 2" Divulgação

Comentários