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Erika Januza afirma que corte de cabelo ajudou a representar mais mulheres

Atriz vive a tenista Marina, em ‘Amor de Mãe’

Marina (Erika Januza), em 'Amor de Mãe'
Marina (Erika Januza), em 'Amor de Mãe' -
Erika Januza está fazendo sucesso no papel da tenista Marina, em ‘Amor de Mãe’. Aos 34 anos, a atriz falou em entrevista à revista ‘Glamour’ sobre a aceitação do seu cabelo natural e da representatividade que isso traz para mulher negra que assiste à novela.

Januza disse que foi ela quem decidiu cortar o cabelo e assumir a textura natural das madeixas para viver a tenista. “A ideia veio de um desejo genuíno de poder mais mulheres”, disse ela.

Erika também falou que nunca tinha sofrido racismo em casa. Embora sua família se entendesse como negros, somente quando veio morar no Rio de Janeiro e precisou cortar o cabelo para um papel, que sentiu na pele a discriminação pela cor de sua pele. "Olhando para trás, consigo identificar vários momentos de preconceito, mas não era parte da minha realidade. Até então, nunca havia sido uma questão para mim", confessou.

Ela, que sempre usou cabelos lisos e compridos, não tinha noção de como era sua própria natureza. "Usava um aplique liso até a cintura. Naquele momento, entendi que não sabia como era meu próprio cabelo. Foi por meio da descoberta da minha imagem e da minha beleza real que comecei a estudar sobre negritude”, explicou.

Foi só então que Januza começou a lidar com os problemas que a discriminação racial impõe às pessoas. Com isso, ela precisou aprender a trabalhar a solidão e percebeu que o preconceito contra casais inter-raciais era real. "Já passei por situações em que acham que eu era 'acompanhante' de gringo", disse.

A atriz disse que precisou passar por um processo de coaching para entender tudo melhor e lidar com a questão que vinha atrapalhando seu desempenhos nos testes: a síndrome do impostor. "O problema é que quando estamos mal, a síndrome do impostor ataca e sempre achamos que não somos boas o suficiente", explicou Erika. E concluiu dizendo que passamos a nos sabotar, a probabilidade que tudo dê errado na próxima vez é certa. "Nesta situação, sabe qual é a chance de um próximo teste ser ruim? Cem por cento", finalizou.
Marina (Erika Januza), em 'Amor de Mãe' Globo/João Cotta
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Érika Januza - Amor de Mãe Divulgação / TV Globo
Erika Januza no vestido da final do Dança dos Famosos Reprodução/ Instagram