Brasil faz placar magro

Muita tradição e uma rivalidade centenária estavam em jogo no amistoso entre Brasil e Uruguai, mas o que se viu foi um futebol longe da história das seleções. Um erro do árbitro decidiu o amistoso: marcou falta de Laxalt na área sobre Danilo, que havia tocado a mão na bola antes de ser derrubado. Na cobrança do pênalti, Neymar garantiu a vitória por 1 a 0, ontem, no Emirates Stadium, em Londres, na Inglaterra. O adversário de terça-feira será Camarões, em jogo que encerra o ano frustrado da Seleção.

O Brasil começou melhor, tocando a bola diante de um Uruguai encolhido na defesa. Neymar, aos cinco minutos, em cobrança de falta, e aos 13, em chute que passou perto da trave, mostrou que a Seleção queria jogo. Só que faltou atuar coletivamente. O meio de campo brasileiro ciscava, mas não criava. O Uruguai equilibrou o jogo com o tempo e quase fez 1 a 0, aos 21, quando Danilo errou um corte e deu a bola nos pés de Suaréz. O atacante chutou com perigo e Alisson fez bela defesa.

A jogada fez o Uruguai se animar, embora o ritmo das duas equipes tenha diminuído muito a partir dos 30 minutos. Cavani, aos 45, até teve boa chance, mas parou em Alisson. No mais, muitas jogadas violentas e oito cartões amarelos, seis deles para os uruguaios.

Na volta do intervalo, aos quatro minutos do segundo tempo, Suárez obrigou Alisson a mais uma vez mostrar serviço em cobrança de falta. Já o Brasil via Neymar abusar de seu individualismo, mas sem sucesso.

Aos 13 e aos 20 minutos, Tite colocou Allan e Richarlison nas vagas de Renato Augusto e Douglas Costa. O ex-vascaíno fez o lado direito funcionar. Aos 28, o árbitro viu o polêmico pênalti e Neymar fez seu 60º gol com a Amarelinha, atrás apenas de Pelé (95), Ronaldo (67) e Zico (66). Richarlison, aos 37, quase ampliou. O Brasil, porém, teve atuação protocolar. Venceu, mas ficou longe de convencer.