Intervenção garantida

O governador eleito do Rio, Wilson Witzel (PSC), e o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) tiveram um encontro, ontem, em Brasília. Logo em seguida, Witzel afirmou que as medidas da Reforma da Previdência Bolsonaro deseja que sejam votadas ainda este ano não alterarão a Constituição Federal e não ameaçam a Intervenção Federal na Segurança Pública do estado. Depois de 31 de dezembro, um dia antes das posses de ambos e quando se encerra a Intervenção no Rio, Witzel garante que a Segurança Pública do estado poderá andar "com as próprias pernas".

"Eu falei com ele (Bolsonaro) da minha preocupação da manutenção da Intervenção até dezembro e da execução dos R$ 1,2 bilhão (aprovados por Medida Provisória, em julho, para custear a Intervenção) para o fortalecimento das estruturas da polícias do Rio de Janeiro. A Reforma da Previdência deve ser apenas na parte infraconstitucional. Portanto, o que não impacta na intervenção no Rio de Janeiro, que, a partir de janeiro, estará pronto para seguir sozinho, sem a intervenção", disse Witzel.

O governador eleito confirmou que pretende acabar com a Secretaria de Estado de Segurança Pública no Rio quando assumir o cargo, em 1º de janeiro. Deste modo, a Polícia Militar e a Polícia Civil ganhariam status de secretaria e estariam ligadas diretamente a ele.

Menos uma UPP

Ontem, o Comando Conjunto da Intervenção finalizou a desativação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Coroa/Fallet/Fogueteiro, na Região Central do Rio. Esta foi a sétima UPP desativada pela intervenção. As outras foram Batan, Vila Kennedy, Camarista Méier, Cidade de Deus, São Carlos e Mangueirinha. As UPPs Rocinha, Caju, Prazeres, Lins e São João serão as próximas desativadas.