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Patrulha dá segurança

Lançado há três meses, programa conquista confiança de mulheres atendidas

A ameaça de ser morta e jogada na cisterna da casa feita pelo ex-companheiro da vendedora Bianca Aparecida de Cunha, 44, era um dos motivos que levavam a ter medo de romper com o agressor. Bianca e o companheiro viviam juntos havia quatro anos. Nos últimos dois, ela passou a ser agredida de forma verbal, física e psicológica. A libertação de Bianca do relacionamento abusivo ocorreu há dois meses, com a implantação do programa Patrulha Maria da Penha - Guardiões da Vida, da Polícia Militar.

"Ele vivia me agredindo. Eu acordava tremendo de medo de fazer barulho porque ele não gostava. As agressões eram na frente do meu filho de 11 anos. Tinha muito medo de que acontecesse algo com ele", lembrou Bianca.

Após tomar coragem e denunciar o agressor em uma Delegacia de Atendimento a Mulher, Bianca conseguiu medida protetiva e passou a fazer parte das 1.075 mulheres assistidas pela patrulha, implantada em 5 de agosto. "Hoje, com os policiais da patrulha me apoiando, voltei a trabalhar e me sinto mais segura", desabafou, lembrando que, apesar da medida, o ex ainda a ameaça: "Ele anda com um galão de gasolina na mão perto de onde trabalho e diz que vai me matar", contou.

Às vésperas de completar três meses, a Patrulha Maria da Penha contabiliza bons resultados. Entre 5 de agosto e 15 de outubro, os 190 policiais militares que atuam diariamente em 42 unidades da PM, em todo o estado, já alcançaram números promissores: 1.161 fiscalizações de medidas protetivas; 642 visitas de acompanhamento e assistência à mulher vítima de violência; e 11 prisões de agressores.