No dia seguinte ao decreto do governador Wilson Witzel (PSC) que proíbe o trânsito de ônibus e vans entre a Região Metropolitana e demais regiões do Estado, passageiros e empresas de ônibus ainda estão se ajustando à nova realidade. Ontem de manhã, quem foi à Rodoviária Novo Rio não conseguiu embarcar.
Mas enquanto o transporte regular por ônibus está proibido, viagens irregulares em carros de passeio são oferecidas livremente no entorno da rodoviária do Rio.
Moradora de Araruama, na Região dos Lagos, a aposentada Maria das Graças, de 69 anos, chegou ao Rio no dia 15 para tratamento médico. A idosa, que é paciente transplantada, esperava conseguir voltar para casa ontem.
"Vou ter que ficar na casa dos meus familiares aqui, infelizmente. Me pediram para voltar no dia 1º de abril e tentar remarcar minha passagem", contou a idosa.
O mesmo aconteceu com o funcionário público Leonardo Paz, 45 anos. Morador de Bangu, ele está trabalhando em home office e queria voltar para casa em Saquarema, também na Região dos Lagos.
"Eu ia tentar comprar a passagem agora e me informaram que não estavam vendendo, que só voltariam a vender em abril", lamentou.
Segundo a assessoria do terminal do Centro do Rio, houve uma queda de 52% no movimento de passageiros entre terça-feira e ontem.
Apesar da restrição nas viagens, sair da Região Metropolitana para esse locais não é missão impossível. Nos arredores da rodoviária, homens abordam pessoas oferecendo viagens em carros de passeio de forma ilegal. Ir para Cabo Frio e Rio das Ostras, por exemplo, custa R$ 40.