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Tratamento pode ser a cura da Aids

Pesquisadores eliminam o vírus de paciente

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizaram um estudo em escala global com infectados pelo HIV e conseguiram eliminar o vírus do organismo de um brasileiro de 34 anos, diagnosticado em 2012. Após 14 meses, o vírus continua sem ser detectado.

Os resultados representam mais um avanço nas pesquisas, que podem levar à descoberta da cura da Aids. Esse é o terceiro caso na história em que a eliminação do HIV é descrita.

Coordenada pelo infectologista Ricardo Sobhie Diaz, a pesquisa da Unifesp contou inicialmente com 30 voluntários, que apresentavam carga viral do HIV indetectável no organismo e faziam tratamento padrão com coquetéis antirretrovirais. Eles foram divididos em seis grupos e cada um recebeu uma combinação de medicamentos, além do tratamento padrão.

O grupo que apresentou melhor resultado recebeu dois antirretrovirais a mais que os outros: uma droga mais forte chamada dolutegravir e o maraviroc, que 'força' o vírus a aparecer, fazendo com que ele saia do estado de latência, uma espécie de esconderijo no organismo. Ainda segundo a Unifesp, outras duas substâncias prescritas potencializaram os efeitos dos medicamentos, a nicotinamida e a auranofina.

Até hoje, dois casos de cura da Aids foram reconhecidos pela comunidade científica: Timothy Ray Brown, de Berlim, e Adam Castillejo, de Londres. Ambos sofreram uma mutação rara, após um transplante de medula óssea.

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